sexta-feira, 4 de abril de 2014

Imagine - Zayn Malik





Eu odeio época de festas, simplesmente odeio.
O por quê? Eu odeio gente, odeio praia, sol.. Eu gosto do mar, mas no verão, a cidade fica tão cheia que é insuportável, e eu acabo odiando até mesmo o mar.

O excesso de pessoas me incomoda, eu não passo mal e etc, mas não me sinto bem.
Natal e Ano Novo, é época de reunir a família. De juntar todos envolta da mesa, pra relembrar os velhos momentos, e no caso da minha família, encher a cara até não conseguir andar até o quarto.
Como se não bastasse, minha mãe teve que viajar a negócios, justo no natal, e descobri que vou ter que passar minhas férias na casa da minha avó.
Ok. Eu AMO a casa da minha avó, mas quando descobri que meus tios viriam também, quase surtei. A casa ficaria cheia, barulhenta, e o pior: meu primo viria.
Primo de 3° grau, que não pode nem ser considerado primo de acordo com a biologia, mas nós fomos criados juntos, então é primo sim. O por que eu não gosto dele?

Quando tínhamos doze anos, eu fui ao casamento de um primo do meu pai, e como já esperado ele estaria lá... Assim como toda a família. Porém em meio músicas tediosas, pessoas bêbadas e comida demais, (até para mim). Eu e meu primo resolvemos dar uma volta  no jardim da casa de festas. Era enorme. E nós fomos andando, tomando ar, e nos livrando daquelas pessoas. Eu era uma criança indefesa. Ok de indefesa eu não tinha nada, pois sabia sobre tudo, mas nunca tinha feito nada. Com nada quero dizer, nunca tinha nem ganhado um selinho. E o puto do meu primo resolveu tirar meu "BVL" naquela noite. Sim eu tive meu primeiro beijo com meu primo. Não foi ruim. Mas agora, é péssimo, por que toda vez q eu o vejo lembro do beijo, e fico nervosa. Seria muito ruim dizer que eu me sinto totalmente atraída pelo meu primo?
Não é ruim. É péssimo. Na verdade, tenho vontade de me bater por isso.

E pra piorar, ele se tornou um homem lindo, gostoso, com tatuagens e barba por fazer, o tipo de cara que sempre sonhei. Ficar com ele não seria problema, afinal não temos o mesmo sangue, mas é impossível ignorar o fato de que fomos criados juntos, quase irmãos.

Quando minha avó me disse que ele viria, eu quase caí para trás. Minha garganta secou, e minhas mãos suaram, mas eu disfarcei, afinal ninguém da família poderia saber que já aconteceu alguma coisa entre nós.
Eu agi com naturalidade, sorri, e deixei rolar.

No outro dia, acordamos e fomos para a praia como o combinado. Não estava tão lotada como eu imaginava, e eu consegui aproveitar um pouco do mar. Vi meu tio chegando, e fiquei feliz em não notar a presença de meu primo ali...  Minha avó me chamou, e eu fui cumprimentá-los.
-- Você está uma moça! -- Meu tio me abraçou. -- Está linda!
-- Obrigada -- respondi sem graça. sorrindo meio forçado, e me dirigindo a minha Tia. que estava de costas para mim. Ela se virou. e sua boca abriu em um O. Parece até que tem anos que não me via. Na verdade, são só dois anos...
-- Como você esta linda! -- 'O de sempre' pensei. Nunca entendi por que os parentes elogiam tanto. E  no meu caso, sem motivos.
Ela me abraçou. E estava me perguntando de minha mãe assim que senti alguém cutucar meu braço. Não parei pra pensar antes de me virar. Dei de cara com o Zayn. Meu primo. Meu sorriso sumiu, e meu coração quase saiu pela minha boca, que buscou algo para falar, mas acabou engolindo ar.
-- Olá -- Foi o que eu consegui dizer diante daquele sorriso. Eu não tinha visto ele chegar, achei que ele não tivesse vindo, achei que tinha me livrado de um grande peso, que agora estava na minha frente. Ele continuou sorrindo, mas meu avô o chamou. E eu saí dali. Não sabia o que fazer, mal conseguia respirar. Fui até a barraca e peguei uma coca. Precisava de tomar alguma coisa, pra ver se conseguia voltar ao normal. Encará-lo fora como levar um choque.
Depois de um tempo, encarando meus pés. Concluí que tinha que manter o foco, disfarçar e agir normalmente.
Então sentei em uma cadeira, me juntando a roda familiar que tinha se formado. As irmãs de Zayn vieram me cumprimentar, e eu estava brincando com uma delas quando senti algo molhando minhas costas.
Me virei vendo que Zayn sentou-se ao meu lado, molhado pois tinha voltado da água.
-- Eai (seu apelido) ? Tudo bem? -- ele disse me encarando e sorrindo. -- sorri de volta. Assenti com a cabeça e voltei a encarar a areia. Esperei dois segundos antes de me levantar e dizer que estava indo dar um mergulho. A verdade é que eu estava fugindo de Zayn.

Fui em direção a água, andando rápido pois a areia estava muito quente. Assim que molhei a ponta dos dedos senti o choque percorrer meu corpo. A água estava muito gelada. Pensei em voltar. Mas ai me lembrei de Zayn, e resolvi enfrentar aquele gelo.
Caminhei um pouco, parei quando a água atingiu meu calcanhar. Estava muito gelada e eu ainda não tinha tomado coragem o suficiente.
Mal passou pela minha cabeça que isso poderia acontecer, mas no exato momento em que senti pingos gelados em meu corpo, alguem me ergueu pela cintura, correndo comigo. E só depois de um tempo notei ser Zayn. Ele correu comigo no colo, em uma posição nada confortável, ate o fundo e mergulhou me levando junto. Assim que voltei a superfície, parei pra entender o que tinha acontecido, Zayn estava rindo como um louco, eu não tinha tido tempo nem de gritar. Mas meu estado de choque passou e eu comecei a dar tapas no ombro dele, o xingando dos nomes mais lindos que passavam por minha mente. Não demorou muito pra ele agarrar meus braços e me forçar a parar, ele ainda ria, e logo comecei a rir também. Como uma idiota que tinha sido pego de surpresa. Tinha que admitir que tinha sido engraçado.
Nós ficamos um tempo ali no mar, conversando e rindo.
Ele falou sobre sua vida, e eu não tinha muito o que falar.
Voltamos para casa. Depois do almoço, todos foram dormir, e eu não tinha nada o que fazer. Amanha era véspera de Natal, e eu já sabia a confusão que ficaria aquela casa, então, por um  milagre resolvi arrumar minhas coisas.
Fui até a varanda, na esperança de ter um pouco de paz,e dei play no meu iPod, me deparando com uma música antiga, instrumental.. De um filme, eu nem lembrava que tinha ela, mas ela me relaxava, então eu fechei os olhos, e imagens de Zayn começaram a surgir, dos olhos dele brilhando a luz do sol, o seu sorriso, e fomos ao mar, e do nada vieram imagens do meu primeiro beijo, eu queria sair correndo depois que aconteceu. Tudo veio certinho em minha mente, como se estivesse realmente acontecendo... Num flash eu comecei a imaginar nós.. Imaginei os lábios deles nos meus.. Pudia ver ele se aproximando, sentia meu coração disparar.
-- Pensando em mim?  -- Zayn gritou em meu ouvido, tirando um de meus fones. Eu nem tinha reparado a música que tocava.  Zayn levou o fone ao ouvido. E fez uma careta, depois sorriu.-- Ouvindo Oasis? -- Eu assenti.
-- Stop Crying You heart out... -- Ele continuou. É uma música um tanto quanto deprimente, não acha? -- Desliguei o iPod. -- Esta apaixonadinha? -- Eu lhe lancei um olhar mortal.
-- Claro -- sorri irônica. -- Por você! -- nós rimos.
-- Sabia que aquele beijo iria fazer algum efeito. -- Ele se aproximou. Eu fiquei séria. Ele estava perigosamente próximo, eu tentava controlar minha respiração.
-- Muito engraçado. -- Falei me afastando antes que desse merda. Ele riu.
-- Você não vai conseguir fugir de mim (seu nome). -- Eu me virei pra ele o encarando.
-- Vou ficar as férias todas aqui... Eu sei que você fica nervosa perto de mim, e já percebi que você ta tentando se esconder. Mas você não vai conseguir.
-- Você ta ficando louco. -- eu ri. -- Vou dar uma volta... Quer vir? -- Meeeerda! Por que eu tinha que convidar. -- Ele sorriu malicioso, obviamente aceitando meu convite.
Desci as escadas rapidamente.. E comecei a andar. Zayn veio atrás correndo.
-- Não vai me esperar? -- ele perguntou.
-- Não. -- Sorri
-- Então por que me chamou? -- Ele me acompanhava agora, e eu andava mais devagar.
-- Por que sou uma idiota. -- Ele riu.
-- Você é bipolar... --
-- Talvez. -- respondi dando ombros. -- Continuamos caminhando sem falar nada.
-- HEY! -- Zayn gritou ao meu lado.
-- Que susto, garoto! --
-- Nós vamos ao parque! --
-- Que? -- o olhei parando de andar.
-- Tem um parque de diversões aqui perto... Vamos?
-- Quê? Não! Quer dizer tudo bem... mas eu não tenho grana. -- Zayn virou os olhos.
-- Vamos logo. -- Ele agarrou minha mão me puxando, eu ri.
-- Ta parecendo uma criança Zaz. -- Ele parou e me olhou, estávamos em frente ao parque de diversões.
-- Zaz? -- ele sorriu. -- Faz tempo que você não me chama assim (Seu apelido). -- Eu nem tinha percebido que tinha dito 'Zaz' mas disse... E agora já era. Então eu sorri.
-- Vamos! -- Eu o puxei dessa vez.

-- Zayn? -- Ele virou pra me olhar já que andava na minha frente. -- Acho que você comprou ingresso demais...-- Ele riu.
-- Que nada... Vai ser divertido. -- Ele deu uma piscadela e voltou a me puxar.

-- Eu vou sair daqui rouca! -- Zayn riu. -- É sério Zayn, eu vou morrer nesse troço.
-- Calma! -- ele ria. -- É só um brinquedinho de nada. -- Ele sorriu amarelo.
-- Você está me encaminhando para morte! -- Eu ri.
-- Quanto drama. -- Ele mal terminou de falar e o brinquedo ligou, eu dei um gritou e Zayn gargalhou.

xX

-- Eu NUNCA mais vou a lugar nenhum com você! -- Cheguei em casa gritando. Eu queria matar Zayn...  Meus tios me olharam. -- Zayn entrou logo atrás rindo.
-- O que houve? -- todos riam. Eu e Zayn contamos onde estávamos e depois de muitos risos, eu fui pra cama.
Já deviam ser duas da madrugada quando resolvi levantar.. Eu rolava de um lado para o outro e não dormia, então resolvi andar pela casa e beber água. Passei pelo quarto onde Zayn estava, e o vi jogado em cima da cama, ele esta de cueca boxers azul, ele se encolhia, a janela estava aberta e ventava bastante. Resolvi entrar e fechar a janela. Mas assim que adentrei o cômodo, a porta atrás de mim bateu por causa do maldito vento e Zayn acordou assustado. Ele sentou na cama e me olhou. Eu tinha um os olhos semi fechados, mordia o lábio e estava encolhida na ponta do pé. Zayn me olhou confuso.
-- O que...? Que ta fazendo. -- ele apertou os olhos sorrindo, ao me ver de pijama.
-- Eu levantei pra beber água, tava ventando, achei que você tivesse com frio, entrei pra fechar a janela e a porta fechou. -- Eu disse tudo rápido ele demorou um pouco tentando entender.
-- Ok... Mas deixa eu te contar, a porta estava aberta, por que ela não abre por dentro. -- Eu estreitei o olhar. -- Isso significa que estamos presos. -- Ele sorriu.
-- O QUÊ???! -- eu gritei.
-- Xiu! -- Ele levantou vindo em minha direção. -- Ta afim de acordar todo mundo?
-- Claro! Assim alguém tira a gente daqui. -- Eu falei me embolando e mexendo as mãos.
-- E o que os nossos parentes vão pensar, ao encontrar você presa no quarto com seu 'primo' as duas da manhã? -- Zayn parou na minha frente cruzando os braços.
-- Merda! -- eu mordi o lábio novamente, fazia muito isso quando tava nervosa.
-- Quer uma dica? -- ele se aproximou. -- Não morda o lábio novamente. -- Ele sussurrou em meu ouvido. Depois voltou a me encarar e continuou. -- Todos estão dormindo, estamos trancados e você está com uma roupa que me agrada bastante.
-- Você é louco. -- Zayn sorriu.
-- Agora vem... -- Ele pegou minha mão. -- Vamos dormir.
-- Onde? -- ele me olhou. -- só tem uma cama Zayn.
-- Jura? -- Ironia agora não. -- Eu acho, que cabe nós dois.
-- Sério? Acho que não... -- ele pulou na cama.
-- Então a gente descobre. -- Eu parei de resistir. Nós deitamos. E eu peguei no sono rapidamente.


xX


Véspera de natal. Tédio. Eu já tinha ajudado minha tia e minha avó na cozinha, a ceia já estava quase pronta, mais ainda faltava uma hora para meia noite. Meu tio, e meu avô conversavam sobre alguma coisa que não me interessava. Minhas priminhas corriam brincando e esperavam o Papai Noel. Fui até a varando tomar um ar.
Foram poucos segundo de paz, Zayn veio atrás de mim. Nós conversamos um pouco.
-- Acho que vou entrar. -- Eu disse me virando. Mas Zayn puxou meu braço. E me deixou perto de mais. Senti sua respiração em meus lábios.
-- Senti falta disso... -- Ele disse contra meus lábios.
--Como pode sentir falta de algo que mal teve? -- Sussurrei contra os lábios dele. Meus olhos se dirigiam a sua boca e eu estava prestes a beijá-lo... De novo.
-- Então eu vou ter que fazer de novo, para dizer que senti falta. -- Eu sorri. Nossos lábios roussaram, e o meu telefone tocou. Era minha mãe.
-- Tenho que atender. -- Ele ainda segurava meu braço, mas eu fui pro cantinho e falei com minha mãe.
...
-- Então tchau. -- Eu desliguei e senti Zayn me puxar. Colando nossos lábios sem me dar tempo para raciocinar. E tenho que confessar que foi a melhor coisa q ele fez. Nossas línguas se enroscaram, eu finalmente estava beijando Zayn, e meu corpo inteiro correspondia a ele. O ar estava faltando quando nos separamos. Ouvi a mãe de Zayn nos chamar, a ceia seria servida logo após a troca de presentes que estava começando.

Nós comemos, conversamos, rimos, e quando deu uma e quinze da madrugada, subi para meu quarto alegando estar cansada. Mentira. Eu queria era fugir para o quarto de Zayn, precisava senti-lo de novo.
Sabia que aquelas ferias seriam longas. Tinha colocado meu pijama, a blusa era larga, e cobria meu short curto. E eu mal tive tempo de terminar de me vestir, quando minha porta foi aberta. Zayn entrou e a trancou, sem fazer nenhum barulho. Ele correu até mim, e me abraçou pela cintura. Ele me olhava, e eu o beijei. Joguei meus braços envolta de seu pescoço, ele apertou minha cintura e puxou minha nuca contra ele, nos apertando. Suas mãos desceram até minha coxa, eu puxei seu cabelo ficando arrepiada. Ele começou a beijar meu pescoço. Arranhei sua nuca. E o puxei de volta para minha boca. Ele mordeu meu lábio inferior e começou a me empurrar até a parede. Eu precisei de ar.
-- Que fogo ein! -- eu ri.  E ele também. -- Você melhorou. -- disse debochada
-- E você aprendeu a beijar priminha. -- eu lhe dei um tapa.
-- Seu cachorro! -- ele riu.
-- Sera que você pode calar a boca? -- Ele mordeu minha bochecha de leve.
-- Não. -- eu disse rindo.
-- Então deixa comigo. -- Ele voltou a me beijar. Me prendendo contra a parede. Zayn não perdeu tempo e desceu a mão até minha bunda. Eu ri em meio ao beijo me separando só para dizer um 'Tarado'.
-- Você não consegue calar a boca, nem quando ta me beijando? -- Eu ri.
-- Não. -- ele virou os olhos.
-- Vamos ter que trabalhar nisso então. --  ele sorriu malicioso.

O que posso dizer? As férias foram longas.. Bem longas, e Zayn vai embora amanha, mas se você acha que eu vou ficar, esta enganado... As férias continuam... Ou quase isso.


Fim


Retirado de: http://but-youre-perfect-to-me.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oq estão achando do blog?