sexta-feira, 21 de junho de 2013

FanFic - Biology Capítulo 4





Três semanas. Vinte e um dias se passaram desde então. E não houve um dia, fora os fins de semana, em que eu e Hazza não nos encontrássemos. Era incrível como éramos capazes de inventar desculpas tão convincentes pra nos vermos que ninguém parecia sequer desconfiar do nosso envolvimento. Claro que contávamos com muita sorte também, mas nossa veia teatral criativa era responsável pela maior parte da discrição.
E o pior de tudo era que durante todos aqueles dias, não tivemos como, erm, avançar o sinal. Não que fôssemos lerdos nem nada, mas é que ficava complicado fazer alguma coisa além de uns bons amassos no curto tempo que tínhamos, e nos lugares inapropriados dos quais dispúnhamos. A cada dia que se passava ele dava sinais de que estava se segurando ao máximo pra não passar para o próximo nível (adoro usar essas expressões, elas me fazem rir), tadinho. E eu também, afinal, eu tinha 17 anos e estava com os hormônios descontrolados.
E quanto ao Horan? Graças a Deus, ele pareceu se esquecer de mim. Me tratava com frieza, rispidamente, e não me dirigia a palavra desnecessariamente. Preciso dizer que minha vida estava uma maravilha com o homem dos meus sonhos do meu lado, mesmo que ninguém pudesse saber, e de quebra sem aquela peste do Horan me infernizando?
- Eu tava pensando outro dia – Hazza disse, assim que nos cumprimentamos com um caloroso beijo numa sala vazia do primeiro andar.
- Você pensando? Mas que progresso, parabéns! – brinquei, com os braços ao redor de seu pescoço, sentada de frente pra ele na mesa do professor.
- Ah, é assim? Então tá bom, não vou mais dizer a coisa super importante que eu ia dizer – ele falou, fazendo cara de indiferente e virando a cara pra mim.
- Own, desculpa, vai – pedi, fazendo beicinho e tudo - Conta logo, daqui a pouco eu tenho que voltar pra aula senão o Hammings vai desconfiar.
- Como você fez o milagre de fugir da aula do Hammings? – ele perguntou, impressionado.
- Simples – respondi, com um sorriso esperto - Disse que não estava me sentindo bem e o próprio Hammings sugeriu que eu fosse até a enfermaria pra ser examinada.
- Sua carinha de dodói deve ter sido bem convincente pra comovê-lo a esse ponto – Hazza comentou, ainda perplexo, me fazendo rir – Pelo visto, você tá virando uma ótima atriz... Preciso começar a tomar cuidado com você.
- Não teve graça – resmunguei, fazendo cara feia, mas não resisti quando ele se aproximou sorrindo pra me dar um beijo rápido – Falando sério agora, o que você ia contar de tão importante?
Hazza suspirou, se preparando psicologicamente, o que me deixou com uma certa ansiedade. Batucando com os dedos indicadores e médios nos meus quadris enquanto minhas mãos estavam espalmadas em seu peito, ele logo começou a falar, dizendo cada palavra com cuidado:
- Eu queria te convidar pra ir conhecer o meu apartamento hoje à tarde.
Não sei dizer que cara fiz. Só sei que devo tê-lo assustado, porque vi sua expressão disfarçadamente ansiosa se tornar séria ao mesmo tempo que meu queixo caiu até meu umbigo.
- Você quer que eu vá pra sua casa... Hoje? – gaguejei, com o coração a mil.
- É – Hazza confirmou, desembestando a falar logo depois - Eu pensei que por ser sexta-feira, você não tivesse nada pra fazer, mas tudo bem se você não puder ou não quiser, não tem problema nenhum, eu não quero te pressionar a fazer nada, foi só um convite...
- Que horas eu posso chegar? – perguntei, interrompendo seu monólogo com um sorriso esperto. Apesar do nervosismo disparado pela surpresa, eu não tinha como negar um convite daqueles. Talvez se eu o recusasse, Hazza jamais repetiria a proposta por medo de outro não. Ele me olhou de um jeito confuso, processando o que eu tinha dito, mas logo deu um sorrisinho de canto.
- Quanto mais cedo, melhor – ele respondeu, parecendo realmente surpreso com a minha resposta – Eu tenho a tarde toda livre hoje.
- Combinado então – assenti, deslizando minhas mãos pra cima até envolver seu pescoço – É só me dar o endereço e eu vou.
- Quer que eu vá te buscar na sua casa? – ele sugeriu, fazendo carinho em minha cintura como se fosse super típico um cara de 30 anos buscar a aluna de 17 na casa dela pra levá-la ao seu apartamento.
- Claro que não, minha mãe teria uma síncope se você aparecesse lá em casa – eu disse, arregalando os olhos - É só dizer que tô indo pra casa da Eleanor e ela deixa na hora. Nossas mães são amigas, e nós também, então eu vivo indo pra lá.
- Você que sabe – Hazza sorriu, e eu pude ver que seus olhos estavam brilhando de animação – Quase desisti de te convidar com medo de que você não gostasse da idéia.
- E por que eu não gostaria? – falei, sorrindo também – Aliás, quem foi que me disse uma vez que eu deveria pensar menos e me arriscar mais?
Acho que deu pra sacar que eu amava usar as frases dos outros contra eles mesmos, né? Costumava dar muito certo com aquela mula do Horan.
- Não faço idéia - Hazza mentiu, dando um sorriso culpado e me puxando pra mais perto dele (se é que dava) – Mas seja quem for, esse cara merece muito um beijo daqueles bem caprichados.
- Ah, merece, é? – repeti, segurando o riso enquanto ele assentia – Vou pensar no caso dele.
É, não deu tempo de pensar, porque quando vi já estava beijando-o daquele jeito que fazia meu sangue formigar dentro das veias. Pode me chamar de frouxa, eu não dou a mínima. Eu adorava ser frouxa quando os braços de Harry Styles estavam ao redor da minha cintura.

- O que é, (S/N)? Pra que essa afobação toda?
- Pára de gordice e vem logo!
Eleanor tinha ido almoçar em casa naquele dia porque a mãe dela tinha um compromisso e não poderia ir buscá-la na escola. E pelo visto, ela parecia ter adorado a torta de limão que mamãe fez, porque não queria sair da mesa até mandar o último farelo pro estômago. Eu já estava no meu quarto, chamando-a da porta, e precisei gritar seu nome umas vinte vezes pra finalmente ser atendida.
- Não vem me chamar de gorda porque todas as suas roupas servem em mim, tá? – ela reclamou, quando finalmente entrou no meu quarto e eu fechei a porta.
- Então somos duas gordas – brinquei, sem muito tempo pra rir. Afinal, eu tinha um compromisso importante hoje.
- Que agonia é essa, hein, (Seu apelido)? – Eleanor perguntou, franzindo a testa enquanto sentávamos na cama – Tá toda agitada, parece que sentou no formigueiro.
- Eu já falei que o seu senso de humor me deprime? – eu disse, fazendo-a revirar os olhos – É, eu tô agoniada, sim. Preciso te contar uma coisa.
- Tá esperando o que? – ela falou, curiosa – Desembucha logo!
É essa a hora em que vocês me batem por não ter contado nada a ela sobre Hazza até agora? É, acho que sim. Eu sei que prometi pra mim mesma que iria contar assim que as coisas se firmassem um pouco mais, mas eu tive muito medo de que ela me recriminasse. Por mais que eu soubesse que a reação típica de Eleanor seria entrar em estado de choque e depois dizer algo como ‘E aí, como é pegar o professor mais gato da escola?’ com um sorriso de orelha a orelha, eu acabei adiando aquela conversa até onde pude. E hoje seria o dia em que eu não podia mais esconder esse segredo dela.
- Presta atenção – suspirei, tensa – Você promete que não vai contar pra absolutamente ninguém o que eu tenho pra te falar?
- Eu sei guardar segredos, e você sabe disso – ela concordou, intrigada com a minha seriedade – Você tá me assustando... O que aconteceu?
Suspirei novamente, apavorada, e decidi dizer tudo de uma vez, sem delongas. Coisas assim tinham que ser feitas de uma vez, como se fosse pra arrancar a cera da pele na depilação.
- Eu e o professor Styles estamos ficando.
Fiquei encarando-a, morrendo de medo da sua reação, mas tudo que Eleanor fez foi me encarar de volta, sem expressão por um bom tempo. Não falei que ela ia ficar em estado de choque?
- Eleanor? – chamei, com cuidado, quando já estava começando a ficar preocupada. Ela piscou umas duas vezes, sem mover nenhum outro músculo, até que do nada, ela acordou do transe com um berro que fez os tímpanos dos surdos do Pólo Sul doerem.
- COMO É QUE É?!
Pulei de susto, com os olhos fechados, e assim que os abri, me deparei com dois olhos esbugalhados me encarando ansiosamente.
- É isso mesmo que você ouviu – confirmei, com mais medo dela que de qualquer filme de terror que já tinha visto. Eleanor levou mais alguns segundos absorvendo aquela informação, e voltou a gritar:
- DESDE QUANDO ISSO?!
- Pára de gritar, criatura! – pedi, desesperada, cobrindo sua boca com uma das mãos, e hesitei antes de responder – Há algum tempo.
- Quanto tempo? – ela insistiu, voltando a usar sua voz no volume normal, e eu tive que falar, com uma careta:
- Umas três semanas.
- O QUE?!
- Cala a boca, pelo amor de Deus! – implorei, me jogando em cima dela com as duas mãos tapando sua boca e impedindo-a de emitir qualquer som – Desculpa não ter te contado antes, eu sei que não devia ter escondido uma coisa dessas de você...
- Não devia mesmo! – Eleanor me interrompeu, dando um jeito de se livrar de mim e parecendo muito mais do que bastante chocada – Mas já que só resolveu falar agora, pode ir contando tudo! Como é que uma loucura dessas foi acontecer?
Resumi tudo que tinha acontecido entre eu e Hazza pra ela em uns quinze minutos, desde o dia no anfiteatro até seu convite pra conhecer sua casa hoje.
- E eu preciso da sua ajuda – encerrei, aflita – Eu vou falar pra minha mãe que vou sair com você pra dar uma volta hoje à tarde e preciso que você me dê cobertura.
- Mas você vai mesmo à casa dele? – ela perguntou, preocupada – Quer dizer, vai que ele é um pedófilo assassino que tira fotos pornográficas pra colocar na Internet?
- Estamos falando do Styles, não do Horan, esqueceu? – falei, revirando os olhos – Por favor, Eleanor, eu preciso muito da sua ajuda.
- Eu não ligo de te fazer esse favor, mas eu só quero que você tome cuidado, ouviu bem? – ela concordou, e dois segundos depois eu estava agarrada em seu pescoço agradecendo de todas as formas que eu conhecia – E tenha juízo, pelo amor de Deus! Se você me aparecer grávida, eu mato você, a criança e o aparelho reprodutor do sr. Styles, tá escutando?
- Pode deixar, Eleanor – eu ri, me levantando depressa e abrindo meu guarda-roupa – Agora me ajuda aqui, vai. Não faço idéia do que vestir.
- Qualquer coisa que te cubra direitinho tá ótimo – ela ordenou, se levantando com a maior cara de mãe coruja e me fazendo rir mais – Se bem que te cobrir agora não vai adiantar nada, provavelmente ele vai acabar descobrindo tudo depois.

Estava tudo certo. Eleanor tinha feito minha mãe acreditar que eu iria dormir na casa dela e que estaríamos nos divertindo tanto que ela não teria motivos pra me ligar.
- Se de repente você for passar a noite lá ou algo do tipo, me avisa – Eleanor sussurrou, assim que deixamos minha casa. Ela ia a pé até a dela, que não ficava muito longe da minha, e eu ia pra casa do sr. Styles, que ficava um pouco mais distante.
- Eu vou tentar – respondi, sem graça – Obrigada por me ajudar, Eleanor, de verdade.
- Claro que eu vou te ajudar, eu ia gostar que você me ajudasse se estivesse no seu lugar! – ela riu, me dando um abraço – Vai lá, garota, e vê se toma cuidado!
- Não precisa nem pedir – falei, enquanto cada uma seguia pra um lado.
Eu caminhava nervosa pelas ruas, sem precisar me orientar muito. O prédio de Hazza ficava num lugar por onde eu vivia passando, e com a explicação dele, ficava ainda mais fácil encontrá-lo. Após uns quinze minutos andando, finalmente cheguei ao edifício, que tinha um belo jardim em seu pátio. Não pude deixar de sorrir. Tinha lugar mais atraente pra um professor de biologia morar que um prédio com um jardim daqueles?
A porta interna do prédio estava aberta, revelando um balcão de onde um porteiro deveria estar me observando, mas ele provavelmente estava ocupado com algum outro problema e não estava ali justo naquela hora. Toquei o interfone, ansiosa, e esperei por um bom tempo, sem receber resposta. Começando a ficar nervosa de verdade, ainda mais com o sumiço insistente do porteiro, toquei novamente, e nada. Suspirei profundamente, pensando no que fazer. Vai que eu tivesse chegado cedo demais e ele não estivesse em casa ainda? Ou quem sabe ele estivesse tomando banho? Me distraí imaginando Hazza no chuveiro por alguns segundos, até ouvir uma voz dizer atrás de mim:
- Espero que você goste de sorvete de flocos, ou então eu te deixei esperando pra nada.
Me virei, assustada, e dei de cara com Hazza. Ele carregava uma sacola com um pote retangular dentro, que eu logo reconheci como sendo sorvete, e sorria daquele seu jeito despojado e lindo pra mim. Estava vestindo uma blusinha simples de algodão, uma bermuda cinza e chinelos, típica roupa de quem estava em casa há dois minutos atrás.
- Claro que gosto – respondi, sorrindo de volta pra ele – Não me diga que você foi comprar sorvete só por minha causa.
- Eu não costumo receber adolescentes em casa, então pensei que ter um pote de sorvete me faria parecer mais... Jovem, talvez? – ele riu, e eu revirei os olhos, ainda sorrindo. Hazza não precisava de mais nada pra parecer mais jovem, seu corpo e seu jeito lhe davam a aparência de um cara de 20 anos. Um belo cara de 20 anos, por sinal.
Ele abriu a porta e eu o segui até o interior do prédio, dando de cara com um rapaz que pelo uniforme devia ser o porteiro, caminhando na direção do balcão.
- Oi, Andy – Hazza sorriu, enquanto o rapaz se sentava na cadeira que havia atrás do balcão.
- Olá, sr. Styles – o porteiro respondeu, com um sorrisinho cordial, e logo depois pousando seus olhos em mim – Boa tarde, senhorita.
Sorri fraco pra ele e respondi seu cumprimento com um aceno de cabeça, com medo do que ele poderia pensar de mim. Não é normal um homem de 30 anos aparecer acompanhado de uma garota de 17, ainda mais no prédio dele.
- Esta é (S/N), aquela minha sobrinha de quem eu te falei – ouvi Hazza dizer, na maior cara de pau, me indicando com um gesto – Este é Andy, o porteiro, como você já deve ter notado.
- Muito prazer – Andy assentiu, aparentemente engolindo a mentira. Claro, a semelhança entre nós era inegável. Quem dera ser tão bonita quanto o sr. Styles.
- Bom, até mais – Hazza se despediu, me puxando pela mão até as escadarias do prédio.
- Bela desculpa, tio – sussurrei, rindo enquanto subíamos os degraus depressa. Ele apenas me olhou, com um sorriso de canto e uma carinha de quem tinha aprontado.
Mais alguns degraus depois e chegamos ao seu apartamento, que ficava no primeiro andar. Não era um imóvel muito grande, mas era mais que suficiente pra uma pessoa só. Me surpreendi com a organização da casa, tudo estava arrumadinho demais pra um cara que morava sozinho (o que só reforçou minha opinião de que Hazza era todo certinho).
- Só deixa eu colocar esse sorvete no congelador pra gente tomar depois – ele pediu, correndo até a cozinha e me deixando na sala. Dei uma olhada rápida pelo cômodo, reparando nos detalhes básicos, tipo a decoração em tons de verde, e não demorei muito a sentir os braços dele envolvendo minha cintura por trás de mim.
- Gostei daqui – eu murmurei, arrepiada da cabeça aos pés ao senti-lo cheirar e beijar de leve meu pescoço.
- Esse apartamento é novo – ele comentou, colocando o queixo em meu ombro – Não faz nem dois anos que eu me mudei pra cá. É bem confortável, apesar de não ser tão grande.
Me virei de frente pra ele, abraçando-o pelo pescoço, e sorri, entorpecida por aquele perfume masculino maravilhoso.
- Fiquei muito feliz pelo convite – falei, recebendo um beijinho de esquimó dele – Obrigada por me deixar conhecer sua casa.
- Acredite, a felicidade é toda minha por você estar aqui – Hazza sorriu, me encarando profundamente – Só de saber que estamos seguros, sem termos que nos esconder de ninguém, já é um alívio enorme.
Ele deslizou as mãos dos meus quadris até a lateral das minhas coxas, unindo nossas testas. Me apoiei em seus ombros, e num movimento rápido, envolvi sua cintura com minhas pernas, fazendo com que ele me carregasse. Sorrindo de um jeito danado, eu o beijei, enquanto ele dava alguns passos até me prensar contra a parede. Pressionando seu corpo contra o meu, Hazza parecia estar muito mais solto do que na escola, embrenhando suas mãos nos meus cabelos e agarrando-os com força.
Eu, em compensação, comecei a acariciar sua nuca com minhas unhas, e passei a distribuir beijos e chupões em seu pescoço. Hazza passou suas mãos por debaixo das minhas pernas, apertando o interior das minhas coxas e me puxando pra mais perto dele. Senti meu corpo todo arrepiado com a respiração quente dele tão perto do meu ouvido, parecendo gostar bastante do agrado.
- Se continuar caprichando assim eu vou cair, pequena – ele sussurrou, e eu me afastei, recuperando o fôlego.
- Quer que eu pare? – perguntei, com um sorriso safado e uma sobrancelha erguida. Hazza fez cara de derrotado e rapidamente passou os braços por debaixo de mim, me carregando até chegar ao sofá.
- Eu ia te levar pra conhecer o meu quarto, mas parece que você tá com um pouco de pressa – ele falou todo maroto, me jogando no sofá. Pude ver seus olhos brilhantes correndo pelo meu corpo estirado entre as almofadas, e um sorriso mal intencionado surgiu naquele rosto lindo.
- A gente vai ter bastante tempo pra conhecer o quarto mais tarde – sorri, sentindo meu coração acelerar só de observar seus músculos realçados pela blusa branca justa que ele usava – E depois o banheiro, a cozinha, o corredor...
Entendendo minhas verdadeiras intenções ao usar a palavra “conhecer”, Hazza abriu a boca, surpreso, e começou a rir, deixando seu corpo cair sobre mim devagar.
- Você sabe me provocar direitinho, mocinha – ele murmurou, encaixando suas pernas entre as minhas e passando suas mãos por debaixo de mim, segurando firme em minha bunda. Ele me beijou profundamente, e eu deslizei minhas mãos pelos ombros dele até alcançar suas costas. Comecei a puxar sua camisa pra cima, sentindo aquele conhecido volume entre suas pernas, e Hazza interrompeu o beijo por dois segundos pra tirar a blusa.
Meu Deus do céu. Que físico maravilhoso. O que ele fazia pra ficar daquele jeito? Devia malhar feito um condenado, porque ninguém é gostoso assim naturalmente. Não que eu saiba. Como estamos falando de Hazza, nada segue os padrões, tudo nele parece ser anormalmente perfeito.
Eu deslizava minhas mãos por sua barriga, peito, ombros e braços durante o beijo, sem saber de qual parte eu gostava mais. Hazza escorregou suas mãos geladas até as minhas costas, me arrepiando com cada toque, e respirava pesadamente. Não passava de um amasso como qualquer outro, fora o fato de Hazza estar sem blusa, mas estávamos tão mais tranqüilos por estarmos totalmente sozinhos que cada movimento parecia mais excitante, mais caloroso, mais intenso.
Ele partiu o beijo, ofegante, e tirou minha blusa, sem precisar pedir minha permissão. Nem mil palavras descreveriam o jeito como ele observou minha barriga e meus peitos, erguendo seu olhar pra mim logo depois e sorrindo pervertidamente. Eu sorri de volta pra ele, do mesmo jeito danado, sentindo-o acariciar minha barriga de baixo pra cima e pousando suas mãos sobre meus seios, ainda parcialmente cobertos pelo sutiã. Hazza os envolveu com suas mãos suficientemente grandes e os apertou devagar, como se fosse pra verificar se aquilo estava acontecendo mesmo.
- Como você é linda – ele disse baixinho, com os olhos brilhando.
- Só eu, né? – sorri, fazendo carinho em seus ombros. Ele sorriu de volta e me beijou, quase alcançando o fundo de minha garganta com sua língua. Baguncei seus cabelos com vontade, correspondendo ao beijo com o mesmo desejo. Hazza não tirou suas mãos de meus seios, apertando-os com mais força e gemendo baixinho com a boca colada à minha. Eu já começava a suar, arranhando as costas dele, quando o senti investir no fecho do meu sutiã.
Ding dong.
Abri os olhos assim que ouvi o barulho da campainha, e me deparei com o olhar assustado dele bem perto do meu. Paralisamos, alarmados, e Hazza se afastou, parecendo bastante incomodado.
- Que porra é essa? – ele sussurrou, bufando e saindo de cima de mim logo depois. Ele parecia ser o tipo de homem que só fala palavrão quando está realmente puto, o que me faria rir se eu também não estivesse puta com a interrupção.
- Você tá esperando alguém? – perguntei baixinho, pegando rapidamente minha blusa e vestindo-a enquanto ele fazia o mesmo.
- Claro que não! – ele respondeu no mesmo volume, se ajeitando rapidamente enquanto se dirigia à porta – Se esconde num dos quartos, eu vou dispensar quem quer que seja.
Obedeci depressa, entrando no primeiro quarto que vi: o dele. Nem prestei atenção direito em nada, apenas fiquei parada na porta, ouvindo.
- Desculpa vir incomodá-lo, sr. Styles, mas é que encontraram um molho de chaves perdido no hall e eu queria saber se é do senhor – uma voz familiar disse, e se seu dono não parecesse ser um cara legal, eu teria aparecido lá e dito umas poucas e boas pra ele por interromper nossas preliminares.
- Não é minha, Andy – ouvi a voz de Hazza dizer calmamente, como se estivesse vendo TV ou fazendo algo bem zen antes de abrir a porta – Mas obrigado por perguntar mesmo assim.
O barulho de porta sendo trancada com pressa ecoou pelo apartamento, e em menos de dois segundos já pude vê-lo correr na minha direção.
- “Obrigado por perguntar mesmo assim”? – perguntei, inconformada – Você tem noção do que a pergunta dele interrompeu?
- Eu tenho, mas é melhor ele não ter – Hazza riu, me abraçando e afundando seu rosto em meu pescoço – E se você quer saber, essa interrupção só serviu pra me deixar com mais vontade.
Sorri inevitavelmente com aquela provocação, enquanto recebia beijos e leves chupões atrás da orelha. Hazza me pegou no colo, me fazendo rir e agarrar seu pescoço, e me jogou na cama, logo caindo por cima de mim.
- Quem mandou você colocar a blusa de novo? – ele perguntou, recuando e fazendo uma cara chocada. Tirei a camiseta ainda rindo, enquanto ele tirava a dele, e puxei-o pelo cinto da calça fazendo-o cair sobre mim pesadamente. Ele sorriu, satisfeito, e me beijou com urgência, tirando meu sutiã rapidamente. Hazza começou a descer seus beijos languidamente pelo meu pescoço e colo enquanto apertava meus seios, até alcançá-los com a boca. Ele os chupava lenta e delicadamente com os olhos fechados, concentrado em me dar prazer. E estava conseguindo até demais.
Eu acariciava seus braços e costas, incentivando-o, e ele continuou descendo seus beijos pela minha barriga, segurando firmemente em minha cintura. Quando chegou ao cós da minha calça, ele me lançou um olhar determinado, como se nada fosse pará-lo mais. Sem querer que ele parasse mesmo, joguei minha cabeça pra trás ao sentir suas mãos apertarem minhas coxas com força e logo subirem até o botão da calça. Cinco segundos depois, tanto a calça como a calcinha já estavam longe dali. Hazza abriu minhas pernas com cuidado, me observando de cima a baixo com os olhos ardendo de tesão.
Sem dizer uma palavra, ele deslizou suas mãos desde os meus seios até alcançar o interior de minhas coxas, e inclinou-se para alcançar minha intimidade com a boca. Agarrei os lençóis da cama quando senti sua língua me tocar, devagar a princípio, mas aumentando a velocidade e a intensidade aos poucos. Não agüentei e comecei a gemer, arqueando minhas costas pra cima enquanto ele me lambia e sugava. Quando eu estava a ponto de gozar, ele subiu até nossas bocas se encontrarem, e calou meus gemidos com um beijo calmo e profundo. Ao mesmo tempo, ele começou a me masturbar com os dedos numa velocidade incrível. Eu agarrei seus cabelos com força, sem parar de gemer nem durante o beijo, e pude senti-lo sorrir. Não demorou muito e eu gozei, fazendo-o diminuir seus movimentos.
Extasiada, minhas mãos percorreram todo o seu tronco, desenhando seus músculos do abdômen pelo trajeto, até alcançarem seu cinto. Arranquei-o com facilidade, e o empurrei, fazendo-o cair ao meu lado. Abri o botão de sua calça e ele mesmo a tirou, ficando apenas de boxer. Passei uma de minhas pernas por cima dele, sentada sobre seus quadris, e comecei a acariciar seu peito e barriga, olhando fundo em seus olhos. Ele havia me dado o melhor orgasmo da minha vida sem me penetrar, e eu pretendia satisfazê-lo com a mesma intensidade.
Comecei a beijar e lamber sua barriga, sentindo seus dedos se enterrarem em meus cabelos. Fui descendo até alcançar sua boxer, e a tirei depressa. Deslizei minhas mãos por suas coxas, sorrindo pra ele, e segurei seu membro já bastante enrijecido. Demonstrando minha satisfação com o olhar, dei um beijinho em sua glande e o lambi de baixo pra cima lentamente, fazendo-o soltar um gemido rouco e fechar os olhos com força. Coloquei-o na boca até onde consegui, e novamente ele segurou meus cabelos, orientando meus movimentos. Eu alternava a velocidade, fazendo-o gemer alto quando estava rápido e gemer mais alto ainda quando estava devagar, como se estivesse reclamando.
Tirei-o da boca após um bom tempo provocando-o, e o observei nu deitado na cama. Havia gotículas de suor por todo aquele corpo divino, e os cabelos dele começavam a grudar na testa. Hazza, com os olhos semi abertos, retribuiu meu olhar com um sorriso desnorteado, o que só me motivou a continuar. Comecei a masturbá-lo rapidamente, deslizando minha outra mão por sua coxa e bunda, e mordendo meu lábio inferior ao vê-lo se contorcer de prazer. As mãos de Hazza apertavam fortemente minhas coxas, e suas veias do pescoço saltavam a cada gemido dele. Voltei a chupá-lo com força, sem resistir, e pude vê-lo abrir a gaveta do criado-mudo pra pegar uma camisinha. Hazza abriu a embalagem com os dentes e me chamou, com a voz falha.
- Chega, pelo amor de Deus.
Olhei pra ele, tirando seu membro da boca, e ele me deu o preservativo. Coloquei-o depressa, tomando os devidos cuidados, e assim que terminei, ele me virou, ficando sobre mim novamente. Se posicionou entre minhas pernas, e me lançou um último olhar radiante antes de me penetrar com força e de uma só vez. Nós dois gememos alto, e eu finquei minhas unhas em seus ombros. Hazza demorou alguns segundos antes de investir novamente, ainda se recuperando da primeira investida, e aos poucos aumentava a velocidade de seus movimentos. Ele tentava me beijar, mas estávamos ocupados demais com outras coisas pra sermos bons nisso. O máximo que conseguimos foi manter nossas testas unidas enquanto ele investia com cada vez mais força e me fazia arranhar suas costas sem nem pensar se estava machucando. Suados e ofegantes, logo o cansaço começou a tomar conta de nós, mas não estávamos dispostos a parar. Hazza jogou a cabeça pra trás, como se quisesse se segurar por mais algum tempo, mas não demorou muito e eu gozei pela segunda vez, fazendo-o desistir e gozar junto.
Soltei um suspiro exausto e relaxei, sentindo cada centímetro do meu corpo suado. Hazza desmoronou sobre mim e envolveu minha cintura com seus braços, totalmente esgotado. Eu o abracei pelo pescoço, dedilhando lentamente seus ombros, com um sorriso cansado no rosto. Tudo que eu senti por alguns segundos foi a respiração lenta de Hazza em meu pescoço, me arrepiando inteira, até ouvir sua voz rouca murmurar:
- Pode ser um pouco cedo pra isso, mas... Eu acho que te amo, pequena.
Hazza se ergueu um pouco e me olhou, com uma expressão calma e um sorriso maravilhado. Tudo que consegui fazer foi encarar seus olhos brilhantes e sorrir de volta, sentindo uma felicidade imensurável tomar conta de mim.
- Eu amo você – falei, baixinho, enquanto fazia carinho em seu rosto rosado - Tenho certeza absoluta disso.
Vi o sorriso dele aumentar, e o abracei pelo pescoço ao receber um beijo tranqüilo. Ficamos mais um tempo deitados, abraçados, conhecendo cada pedaço um do outro, até acabarmos dormindo. O sono mais feliz da minha vida, sem dúvida.



CONTINUA...

2 comentários:

  1. Como é que um capítulo desse pode nao ter nem um comentariozinho?
    Porra, eu to morrendo de tesão, carai!
    Professor gostoso de merda. Pqp!
    Meu professor de geografia é lindo (ao contrário do da fic shauhs' mas ainda sim é lindo)... e tipo, ele pisca pra mim e me abraça direto. CARAI! Se ele me pegasse desse jeito. Scrr kkk'
    Ta, parei kkk

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  2. Depois desse capitulo eu to MORTA FEAT ENTERRADA 😍 EU AMEI SÉRIO, TO QUASE TENDO UM ORGASMO AQUI, que esse professor é gostoso ele é, scrr kkkk t osuando pa caralheo, eu amei 😍😍😍😍😍😍😍👽⛄🌴

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