quarta-feira, 9 de abril de 2014

Mini Imagine - Louis Tomlinson






Bom ontem foi um dia triste pra mim peguei meu namorado no flagra com outra e é lógico fiquei arrasada muito arrasada mesmo eu não esperava isso dele, se não fosse pelo meu melhor amigo acho que estaria a essa hora com um pote de sorvete na mão com meu rímel escorrendo pelo meu rosto junto com minhas lágrimas e assistindo um filme romântico,  mais não, em vez disso estou super feliz pois o meu melhor amigo Louis me fez perceber que eu não mereço sofrer por aquele idiota e ele me passou toda a segurança e foi todo fofo cmg, eu sempre tive uma queda pelo Louis nada muito sério mais eu sentia uma atração por ele. 

Ontem eu dormi no colo de Louis enquanto ele fazia cafuné em mim, ele dormiu aki em casa e nesse momento está dormindo tranquilamente na minha cama.  Eu me virei na cama ficando de frente pra ele e simplesmente fiquei o observando, seus traços, suas pálpebras fechadas que escondiam suas lindas íris azuis que eu tanto amava, sua boca definida e vermelhinha, não aguentei e dei um selinho nele e assim que separei nossos lábios ele estava de olhos abertos me encarando.

L: eu sabia! - olhei estranho pra ele e ele me beijou, ele passeou com sua língua por toda minha boca e eu fiz o mesmo com a dele. - eu te amo (seu nome)! - eu sou tão lerda que nunca percebi que o homem da minha vida estava ao meu lado desde sempre.
Eu: eu tbm te amo Louis! Eu te amo mt! - o beijei de novo!
L: (seu nome) vc quer namorar cmg???
Eu: isso é óbvio né! - sorri e ele tbm. Demos uns amassos e depois voltamos a dormir.



Fim...

Mini Imagine - Harry Styles





Era um dia frio, eu e meu lindo namorado Harry estávamos na minha casa deitados no sofá debaixo do cobertor agarradinhos.


(finge que tem um cobertor cobrindo eles)

Depois de um tempinho olhei para Harry e ele dormia feito um anjo.



Fiquei o observando pensando na sorte que eu tenho em ter ele aki cmg pertinho de mim. Me remexi um pouco e sem querer o acordei.

Eu: desculpa amor, não queria te acordar!
H: não tem problema minha princesa - ficamos nos encarando e eu acariciei seu rosto.
Eu: eu te amo Harry!
H: eu tbm te amo (seu apelido)! - ele me deu um selinho - eu te amo d+. - ele agora me beijou delicadamente explorando toda a minha boca, devagarzinho me virei e fiquei por cima dele o beijando, Harry estava com as mãos presas a minha cintura enquanto eu desci meus beijos a seu pescoço... e assim ficamos a tarde toda nos amassando.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Imagine - Zayn Malik





Eu odeio época de festas, simplesmente odeio.
O por quê? Eu odeio gente, odeio praia, sol.. Eu gosto do mar, mas no verão, a cidade fica tão cheia que é insuportável, e eu acabo odiando até mesmo o mar.

O excesso de pessoas me incomoda, eu não passo mal e etc, mas não me sinto bem.
Natal e Ano Novo, é época de reunir a família. De juntar todos envolta da mesa, pra relembrar os velhos momentos, e no caso da minha família, encher a cara até não conseguir andar até o quarto.
Como se não bastasse, minha mãe teve que viajar a negócios, justo no natal, e descobri que vou ter que passar minhas férias na casa da minha avó.
Ok. Eu AMO a casa da minha avó, mas quando descobri que meus tios viriam também, quase surtei. A casa ficaria cheia, barulhenta, e o pior: meu primo viria.
Primo de 3° grau, que não pode nem ser considerado primo de acordo com a biologia, mas nós fomos criados juntos, então é primo sim. O por que eu não gosto dele?

Quando tínhamos doze anos, eu fui ao casamento de um primo do meu pai, e como já esperado ele estaria lá... Assim como toda a família. Porém em meio músicas tediosas, pessoas bêbadas e comida demais, (até para mim). Eu e meu primo resolvemos dar uma volta  no jardim da casa de festas. Era enorme. E nós fomos andando, tomando ar, e nos livrando daquelas pessoas. Eu era uma criança indefesa. Ok de indefesa eu não tinha nada, pois sabia sobre tudo, mas nunca tinha feito nada. Com nada quero dizer, nunca tinha nem ganhado um selinho. E o puto do meu primo resolveu tirar meu "BVL" naquela noite. Sim eu tive meu primeiro beijo com meu primo. Não foi ruim. Mas agora, é péssimo, por que toda vez q eu o vejo lembro do beijo, e fico nervosa. Seria muito ruim dizer que eu me sinto totalmente atraída pelo meu primo?
Não é ruim. É péssimo. Na verdade, tenho vontade de me bater por isso.

E pra piorar, ele se tornou um homem lindo, gostoso, com tatuagens e barba por fazer, o tipo de cara que sempre sonhei. Ficar com ele não seria problema, afinal não temos o mesmo sangue, mas é impossível ignorar o fato de que fomos criados juntos, quase irmãos.

Quando minha avó me disse que ele viria, eu quase caí para trás. Minha garganta secou, e minhas mãos suaram, mas eu disfarcei, afinal ninguém da família poderia saber que já aconteceu alguma coisa entre nós.
Eu agi com naturalidade, sorri, e deixei rolar.

No outro dia, acordamos e fomos para a praia como o combinado. Não estava tão lotada como eu imaginava, e eu consegui aproveitar um pouco do mar. Vi meu tio chegando, e fiquei feliz em não notar a presença de meu primo ali...  Minha avó me chamou, e eu fui cumprimentá-los.
-- Você está uma moça! -- Meu tio me abraçou. -- Está linda!
-- Obrigada -- respondi sem graça. sorrindo meio forçado, e me dirigindo a minha Tia. que estava de costas para mim. Ela se virou. e sua boca abriu em um O. Parece até que tem anos que não me via. Na verdade, são só dois anos...
-- Como você esta linda! -- 'O de sempre' pensei. Nunca entendi por que os parentes elogiam tanto. E  no meu caso, sem motivos.
Ela me abraçou. E estava me perguntando de minha mãe assim que senti alguém cutucar meu braço. Não parei pra pensar antes de me virar. Dei de cara com o Zayn. Meu primo. Meu sorriso sumiu, e meu coração quase saiu pela minha boca, que buscou algo para falar, mas acabou engolindo ar.
-- Olá -- Foi o que eu consegui dizer diante daquele sorriso. Eu não tinha visto ele chegar, achei que ele não tivesse vindo, achei que tinha me livrado de um grande peso, que agora estava na minha frente. Ele continuou sorrindo, mas meu avô o chamou. E eu saí dali. Não sabia o que fazer, mal conseguia respirar. Fui até a barraca e peguei uma coca. Precisava de tomar alguma coisa, pra ver se conseguia voltar ao normal. Encará-lo fora como levar um choque.
Depois de um tempo, encarando meus pés. Concluí que tinha que manter o foco, disfarçar e agir normalmente.
Então sentei em uma cadeira, me juntando a roda familiar que tinha se formado. As irmãs de Zayn vieram me cumprimentar, e eu estava brincando com uma delas quando senti algo molhando minhas costas.
Me virei vendo que Zayn sentou-se ao meu lado, molhado pois tinha voltado da água.
-- Eai (seu apelido) ? Tudo bem? -- ele disse me encarando e sorrindo. -- sorri de volta. Assenti com a cabeça e voltei a encarar a areia. Esperei dois segundos antes de me levantar e dizer que estava indo dar um mergulho. A verdade é que eu estava fugindo de Zayn.

Fui em direção a água, andando rápido pois a areia estava muito quente. Assim que molhei a ponta dos dedos senti o choque percorrer meu corpo. A água estava muito gelada. Pensei em voltar. Mas ai me lembrei de Zayn, e resolvi enfrentar aquele gelo.
Caminhei um pouco, parei quando a água atingiu meu calcanhar. Estava muito gelada e eu ainda não tinha tomado coragem o suficiente.
Mal passou pela minha cabeça que isso poderia acontecer, mas no exato momento em que senti pingos gelados em meu corpo, alguem me ergueu pela cintura, correndo comigo. E só depois de um tempo notei ser Zayn. Ele correu comigo no colo, em uma posição nada confortável, ate o fundo e mergulhou me levando junto. Assim que voltei a superfície, parei pra entender o que tinha acontecido, Zayn estava rindo como um louco, eu não tinha tido tempo nem de gritar. Mas meu estado de choque passou e eu comecei a dar tapas no ombro dele, o xingando dos nomes mais lindos que passavam por minha mente. Não demorou muito pra ele agarrar meus braços e me forçar a parar, ele ainda ria, e logo comecei a rir também. Como uma idiota que tinha sido pego de surpresa. Tinha que admitir que tinha sido engraçado.
Nós ficamos um tempo ali no mar, conversando e rindo.
Ele falou sobre sua vida, e eu não tinha muito o que falar.
Voltamos para casa. Depois do almoço, todos foram dormir, e eu não tinha nada o que fazer. Amanha era véspera de Natal, e eu já sabia a confusão que ficaria aquela casa, então, por um  milagre resolvi arrumar minhas coisas.
Fui até a varanda, na esperança de ter um pouco de paz,e dei play no meu iPod, me deparando com uma música antiga, instrumental.. De um filme, eu nem lembrava que tinha ela, mas ela me relaxava, então eu fechei os olhos, e imagens de Zayn começaram a surgir, dos olhos dele brilhando a luz do sol, o seu sorriso, e fomos ao mar, e do nada vieram imagens do meu primeiro beijo, eu queria sair correndo depois que aconteceu. Tudo veio certinho em minha mente, como se estivesse realmente acontecendo... Num flash eu comecei a imaginar nós.. Imaginei os lábios deles nos meus.. Pudia ver ele se aproximando, sentia meu coração disparar.
-- Pensando em mim?  -- Zayn gritou em meu ouvido, tirando um de meus fones. Eu nem tinha reparado a música que tocava.  Zayn levou o fone ao ouvido. E fez uma careta, depois sorriu.-- Ouvindo Oasis? -- Eu assenti.
-- Stop Crying You heart out... -- Ele continuou. É uma música um tanto quanto deprimente, não acha? -- Desliguei o iPod. -- Esta apaixonadinha? -- Eu lhe lancei um olhar mortal.
-- Claro -- sorri irônica. -- Por você! -- nós rimos.
-- Sabia que aquele beijo iria fazer algum efeito. -- Ele se aproximou. Eu fiquei séria. Ele estava perigosamente próximo, eu tentava controlar minha respiração.
-- Muito engraçado. -- Falei me afastando antes que desse merda. Ele riu.
-- Você não vai conseguir fugir de mim (seu nome). -- Eu me virei pra ele o encarando.
-- Vou ficar as férias todas aqui... Eu sei que você fica nervosa perto de mim, e já percebi que você ta tentando se esconder. Mas você não vai conseguir.
-- Você ta ficando louco. -- eu ri. -- Vou dar uma volta... Quer vir? -- Meeeerda! Por que eu tinha que convidar. -- Ele sorriu malicioso, obviamente aceitando meu convite.
Desci as escadas rapidamente.. E comecei a andar. Zayn veio atrás correndo.
-- Não vai me esperar? -- ele perguntou.
-- Não. -- Sorri
-- Então por que me chamou? -- Ele me acompanhava agora, e eu andava mais devagar.
-- Por que sou uma idiota. -- Ele riu.
-- Você é bipolar... --
-- Talvez. -- respondi dando ombros. -- Continuamos caminhando sem falar nada.
-- HEY! -- Zayn gritou ao meu lado.
-- Que susto, garoto! --
-- Nós vamos ao parque! --
-- Que? -- o olhei parando de andar.
-- Tem um parque de diversões aqui perto... Vamos?
-- Quê? Não! Quer dizer tudo bem... mas eu não tenho grana. -- Zayn virou os olhos.
-- Vamos logo. -- Ele agarrou minha mão me puxando, eu ri.
-- Ta parecendo uma criança Zaz. -- Ele parou e me olhou, estávamos em frente ao parque de diversões.
-- Zaz? -- ele sorriu. -- Faz tempo que você não me chama assim (Seu apelido). -- Eu nem tinha percebido que tinha dito 'Zaz' mas disse... E agora já era. Então eu sorri.
-- Vamos! -- Eu o puxei dessa vez.

-- Zayn? -- Ele virou pra me olhar já que andava na minha frente. -- Acho que você comprou ingresso demais...-- Ele riu.
-- Que nada... Vai ser divertido. -- Ele deu uma piscadela e voltou a me puxar.

-- Eu vou sair daqui rouca! -- Zayn riu. -- É sério Zayn, eu vou morrer nesse troço.
-- Calma! -- ele ria. -- É só um brinquedinho de nada. -- Ele sorriu amarelo.
-- Você está me encaminhando para morte! -- Eu ri.
-- Quanto drama. -- Ele mal terminou de falar e o brinquedo ligou, eu dei um gritou e Zayn gargalhou.

xX

-- Eu NUNCA mais vou a lugar nenhum com você! -- Cheguei em casa gritando. Eu queria matar Zayn...  Meus tios me olharam. -- Zayn entrou logo atrás rindo.
-- O que houve? -- todos riam. Eu e Zayn contamos onde estávamos e depois de muitos risos, eu fui pra cama.
Já deviam ser duas da madrugada quando resolvi levantar.. Eu rolava de um lado para o outro e não dormia, então resolvi andar pela casa e beber água. Passei pelo quarto onde Zayn estava, e o vi jogado em cima da cama, ele esta de cueca boxers azul, ele se encolhia, a janela estava aberta e ventava bastante. Resolvi entrar e fechar a janela. Mas assim que adentrei o cômodo, a porta atrás de mim bateu por causa do maldito vento e Zayn acordou assustado. Ele sentou na cama e me olhou. Eu tinha um os olhos semi fechados, mordia o lábio e estava encolhida na ponta do pé. Zayn me olhou confuso.
-- O que...? Que ta fazendo. -- ele apertou os olhos sorrindo, ao me ver de pijama.
-- Eu levantei pra beber água, tava ventando, achei que você tivesse com frio, entrei pra fechar a janela e a porta fechou. -- Eu disse tudo rápido ele demorou um pouco tentando entender.
-- Ok... Mas deixa eu te contar, a porta estava aberta, por que ela não abre por dentro. -- Eu estreitei o olhar. -- Isso significa que estamos presos. -- Ele sorriu.
-- O QUÊ???! -- eu gritei.
-- Xiu! -- Ele levantou vindo em minha direção. -- Ta afim de acordar todo mundo?
-- Claro! Assim alguém tira a gente daqui. -- Eu falei me embolando e mexendo as mãos.
-- E o que os nossos parentes vão pensar, ao encontrar você presa no quarto com seu 'primo' as duas da manhã? -- Zayn parou na minha frente cruzando os braços.
-- Merda! -- eu mordi o lábio novamente, fazia muito isso quando tava nervosa.
-- Quer uma dica? -- ele se aproximou. -- Não morda o lábio novamente. -- Ele sussurrou em meu ouvido. Depois voltou a me encarar e continuou. -- Todos estão dormindo, estamos trancados e você está com uma roupa que me agrada bastante.
-- Você é louco. -- Zayn sorriu.
-- Agora vem... -- Ele pegou minha mão. -- Vamos dormir.
-- Onde? -- ele me olhou. -- só tem uma cama Zayn.
-- Jura? -- Ironia agora não. -- Eu acho, que cabe nós dois.
-- Sério? Acho que não... -- ele pulou na cama.
-- Então a gente descobre. -- Eu parei de resistir. Nós deitamos. E eu peguei no sono rapidamente.


xX


Véspera de natal. Tédio. Eu já tinha ajudado minha tia e minha avó na cozinha, a ceia já estava quase pronta, mais ainda faltava uma hora para meia noite. Meu tio, e meu avô conversavam sobre alguma coisa que não me interessava. Minhas priminhas corriam brincando e esperavam o Papai Noel. Fui até a varando tomar um ar.
Foram poucos segundo de paz, Zayn veio atrás de mim. Nós conversamos um pouco.
-- Acho que vou entrar. -- Eu disse me virando. Mas Zayn puxou meu braço. E me deixou perto de mais. Senti sua respiração em meus lábios.
-- Senti falta disso... -- Ele disse contra meus lábios.
--Como pode sentir falta de algo que mal teve? -- Sussurrei contra os lábios dele. Meus olhos se dirigiam a sua boca e eu estava prestes a beijá-lo... De novo.
-- Então eu vou ter que fazer de novo, para dizer que senti falta. -- Eu sorri. Nossos lábios roussaram, e o meu telefone tocou. Era minha mãe.
-- Tenho que atender. -- Ele ainda segurava meu braço, mas eu fui pro cantinho e falei com minha mãe.
...
-- Então tchau. -- Eu desliguei e senti Zayn me puxar. Colando nossos lábios sem me dar tempo para raciocinar. E tenho que confessar que foi a melhor coisa q ele fez. Nossas línguas se enroscaram, eu finalmente estava beijando Zayn, e meu corpo inteiro correspondia a ele. O ar estava faltando quando nos separamos. Ouvi a mãe de Zayn nos chamar, a ceia seria servida logo após a troca de presentes que estava começando.

Nós comemos, conversamos, rimos, e quando deu uma e quinze da madrugada, subi para meu quarto alegando estar cansada. Mentira. Eu queria era fugir para o quarto de Zayn, precisava senti-lo de novo.
Sabia que aquelas ferias seriam longas. Tinha colocado meu pijama, a blusa era larga, e cobria meu short curto. E eu mal tive tempo de terminar de me vestir, quando minha porta foi aberta. Zayn entrou e a trancou, sem fazer nenhum barulho. Ele correu até mim, e me abraçou pela cintura. Ele me olhava, e eu o beijei. Joguei meus braços envolta de seu pescoço, ele apertou minha cintura e puxou minha nuca contra ele, nos apertando. Suas mãos desceram até minha coxa, eu puxei seu cabelo ficando arrepiada. Ele começou a beijar meu pescoço. Arranhei sua nuca. E o puxei de volta para minha boca. Ele mordeu meu lábio inferior e começou a me empurrar até a parede. Eu precisei de ar.
-- Que fogo ein! -- eu ri.  E ele também. -- Você melhorou. -- disse debochada
-- E você aprendeu a beijar priminha. -- eu lhe dei um tapa.
-- Seu cachorro! -- ele riu.
-- Sera que você pode calar a boca? -- Ele mordeu minha bochecha de leve.
-- Não. -- eu disse rindo.
-- Então deixa comigo. -- Ele voltou a me beijar. Me prendendo contra a parede. Zayn não perdeu tempo e desceu a mão até minha bunda. Eu ri em meio ao beijo me separando só para dizer um 'Tarado'.
-- Você não consegue calar a boca, nem quando ta me beijando? -- Eu ri.
-- Não. -- ele virou os olhos.
-- Vamos ter que trabalhar nisso então. --  ele sorriu malicioso.

O que posso dizer? As férias foram longas.. Bem longas, e Zayn vai embora amanha, mas se você acha que eu vou ficar, esta enganado... As férias continuam... Ou quase isso.


Fim


Retirado de: http://but-youre-perfect-to-me.blogspot.com.br/

FanFic - Biology 2 Capítulo 19





A janela do táxi estava completamente aberta, mas o ar continuava a me faltar. A cidade passava depressa diante de meus olhos enquanto eu me aproximava de casa, quando na realidade tudo o que eu queria era não ter que lidar com o que me esperava lá.
Agora que o susto inicial havia passado (se é que isto era realmente possível considerando-se a situação), meu corpo começava a indicar sinais de que algo além de álcool ainda corria em minhas veias. Mesmo tendo sido dopada, nada parecia fora do comum... Em outras palavras, nada parecia ter acontecido. Mas eu não tinha motivo algum para confiar em Harry. De qualquer forma, o nojo que se apoderou de mim ao imaginar que os efeitos da noite anterior continuavam se manifestando em meu organismo através da leve tontura e náusea que sentia só causou, com sua intensidade, a piora desses mesmos sintomas. Meus olhos ardiam com lágrimas que eu me recusava a derrubar, negando cada uma delas com todas as minhas forças. Eu sabia que em algum momento elas me derrotariam, mas não ali, não tão facilmente; além do mais, o pior ainda estava longe de terminar. Eu teria que chegar em casa e certamente encarar perguntas, perguntas que eu não sabia como responder... Ao pensar nas possibilidades, meu coração só doía mais. Ter que relatar o ocorrido (isto é, o que eu sabia do ocorrido) para minha mãe... Eleanor...
Niall...
Engoli um soluço, com a visão embaçada por lágrimas. O taxista se remexeu em seu assento, claramente desconfortável com meu estado deplorável.
Não me importei. Eu só queria sumir.
A curta caminhada do carro até a porta de casa foi terrível. A cada passo, minha vontade de correr na direção oposta só crescia; se ao menos eu tivesse para onde ir...
Não. O erro fora meu, e eu tinha que arcar com as consequências, não fugir delas.
Minhas mãos tremiam ao encaixar a chave na fechadura. Bastou destrancá-la para que passos fossem ouvidos do outro lado da porta, se aproximando rapidamente. Girei a maçaneta, ao mesmo tempo em que a primeira lágrima de muitas rolou por meu rosto.
– Filha... Graças a Deus!
Meus calcanhares ainda estavam sobre o tapete de boas-vindas quando vi minha mãe parada diante de mim, mais aflita do que nunca. Um sorriso aliviado surgiu em seu rosto, e suas mãos seguraram o meu, buscando uma resposta para meu sumiço em meus olhos. Os pensamentos e sentimentos desconjuntados que encontrou somente a preocuparam ainda mais, ao invés de confortá-la.
– O que houve? O que aconteceu? Você está bem?
Respirei fundo, mesmo sabendo que a falta de ar persistiria, e tudo o que pude fazer em seguida foi desmoronar no abraço de minha mãe.
Ela murmurava perguntas desesperadas, mas eu não conseguia responder. Eu só chorava, e chorava, e me odiava, e queria poder voltar no tempo e evitar que aquilo estivesse acontecendo. Ela não merecia aquela preocupação.
Senti outro par de mãos sobre meus ombros e outra voz chamar meu nome, e mesmo sendo familiar, levei alguns segundos para reconhecê-los como sendo de Eleanor. Quando consegui recuperar um pouco do controle sobre minhas emoções, vi que ela me encarava com os olhos arregalados, pálida, tão apavorada quanto minha mãe.
– (S/N)... O que aconteceu? – ela sussurrou, incapaz de elevar a voz diante de tanto medo. Fechei os olhos, evitando a preocupação gritante em seu rosto, e apenas balancei negativamente a cabeça. Eleanor insistiu, repetindo sua pergunta com um pouco mais de veemência. Engolindo o choro que ameaçava me dominar novamente, balbuciei algumas palavras.
– Ele... Ele me enganou.
– Quem? Quem te enganou, filha? – minha mãe indagou imediatamente, enxugando minhas lágrimas com as mãos trêmulas.
Meus olhos voltaram a fitá-la, e a resposta saiu de minha boca após uma breve hesitação.
– Harry.
Ambas adotaram feições ainda mais aterrorizadas ao terem seus receios confirmados. Minha atenção foi roubada não muito tempo depois, no entanto, por uma terceira figura, parada alguns passos atrás de minha mãe, que eu até então não tinha visto.
Meus pulmões foram esvaziados instantaneamente ao identificar Niall diante de mim.
O choque me paralisou por alguns segundos. Sustentei seu olhar, vazio e ao mesmo tempo cheio de significados, até inspirar profundamente, como se tivesse acabado de emergir de um mar agitado, e correr para as escadas, puramente movida pelo pavor de sua reação ao descobrir o que tinha acontecido. Ouvi passos me seguirem, porém fui mais rápida e consegui me trancar em meu quarto, ignorando os chamados do outro lado da porta. Minha respiração estava superficial e entrecortada, não só pelo súbito esforço físico, mas também pelo nervosismo que se apoderava cada vez mais de mim.
Andei em círculos por um instante, tentando raciocinar, mas nada parecia aliviar meu pânico. Esfreguei o rosto com as mãos, enxugando as lágrimas que caíam de meus olhos, e senti cheiro de álcool e vestígios de cigarro em minhas roupas devido à noite anterior. A náusea que me incomodava desde que acordei voltou com força total, e eu corri para o banheiro, despejando todo o conteúdo de meu estômago no vaso. A fraqueza que se seguiu só me tornou mais refém do choro, que agora fazia com que soluços escapassem por minha garganta. Reuni minhas forças e tirei aquelas roupas, entrando no chuveiro para que o jato de água escaldante ajudasse a remover aquela sensação horrível de sujeira de meu corpo. Peguei a esponja e o sabonete e esfreguei cada centímetro de pele com todo o meu empenho, até me certificar de que mais nenhum traço de qualquer contato com Harry, físico ou verbal, restava.
As lembranças persistiam. E eu não podia abrir minha cabeça, tirar meu cérebro dali de dentro e esfregá-lo também. Eu jamais me esqueceria.
Saí do banho e me enxuguei devagar, ainda tremendo da cabeça aos pés. Não ousei encarar meu reflexo no espelho ao escovar os dentes – três vezes. Não penteei meus cabelos; deixei-os pingando sobre minhas costas avermelhadas pela repetida fricção com a esponja. Vesti qualquer pijama que encontrei e parei diante da porta, onde minha mãe e Eleanor ainda esperavam. Apesar de seus chamados terem cessado, eu sabia que elas estavam ali.
Eu sabia que ele também estava. Mas eu não o queria lá.
Eu não queria ter que abrir a porta, olhar para aquelas pessoas e dizer a verdade.
Mas eu o fiz mesmo assim.
Ninguém disse uma palavra ao me ver. Não ergui meu olhar para ninguém. Apenas foquei minhas energias em minha voz, me certificando de que ela seria audível.
– Me desculpem... Eu... Precisava de... Um tempo.
O silêncio se manteve por um breve momento antes de alguém se manifestar.
– Tudo bem – minha mãe assentiu, agoniada – Agora nos diga o que houve, querida... Por favor.
Continuei evitando os olhares de todos, e assenti de volta, caminhando até minha cama e me sentando sobre ela. Os três me seguiram; minha mãe e Eleanor imediatamente se sentaram ao meu lado, colocando mechas de meu cabelo atrás de minha orelha e acariciando meus ombros em forma de apoio. Niall ficou de pé diante da cama, como que incapaz de reagir apropriadamente. Mantive meus olhos baixos, ainda que eu ansiasse por descobrir qual era a expressão em seu rosto, e pude ver suas mãos trêmulas, fechadas em punhos, denunciando o nível de seu autocontrole para não sair correndo dali e procurar Harry.
Virei a cabeça na direção de Eleanor, e comecei a relatar o que havia acontecido.
– Ontem, quando você foi falar ao telefone com Ewan... Um barman me ofereceu uma bebida, dizendo que... Dizendo que Niall a havia mandado para mim.
– Niall? Mas ele nem estava lá... – Eleanor disse, absolutamente confusa.
– Exatamente – continuei, ignorando o medo absurdo das reações que o resto da história causaria – Foi tudo um plano de Harry.
– Ele estava lá? – minha mãe perguntou, e eu assenti – Como ele sabia...
– Dianna, a aniversariante... Ele se aproximou dela há alguns dias, de propósito – respondi, voltando a me sentir enjoada – E também conhecia o barman... Ele planejou tudo.
Alguns segundos de silêncio se seguiram, até que eu decidi verbalizar o que todos já tinham deduzido.
– Ele me drogou... E me levou para sua casa.
A memória de ver “Niall” em meio às pessoas, parado de costas para o bar, me veio à mente. Eu queria tanto que ele estivesse lá que deixei minha saudade me trair. Apesar da tristeza, prossegui.
– Quando eu o vi, depois de aceitar a bebida... Eu pensei que ele fosse...
Não pude completar minha frase. No entanto, alguém o fez.
– Você pensou que ele era eu.
Pela primeira vez, ergui meus olhos até os de Niall, e vi refletida neles uma dor grande demais para não sucumbir às lágrimas. Confirmei com a cabeça, expressando todo o meu arrependimento em meu rosto, e ele fechou os olhos com força. Minha garganta se fechou momentaneamente ao vê-lo dar as costas para mim e cobrir o rosto com as mãos.
– Eu não sabia... Pensei que você... Que você estava lá... Para me fazer uma surpresa – falei, em tom de súplica, porém minha mãe me interrompeu.
– E então? – ela questionou, tentando evitar mais nervosismo de minha parte – O que ele fez?
Me recuperei do pavor que a reação de Niall causou, e respondi.
– Ele disse que não fez nada comigo... Mas não me deu certeza. Eu não me lembro de nada depois de deixar a festa... Eu não sei o que ele pode ter feito...
Eleanor apertou minha mão, apoiando a testa em meu ombro para esconder seu rosto e o medo nítido nele.
– Mãe... – murmurei entre soluços, ousando olhar para ela e fraquejando ainda mais ao encontrar seus olhos temerosos – Eu estou com tanto medo...
– Oh, meu bem – ela disse, com todo o amor do mundo, me abraçando mais uma vez e acariciando meu cabelo – Você está a salvo agora... Nós estamos aqui, e não vamos deixar que nada aconteça.
Ela sussurrou palavras de conforto por algum tempo, apoiada por Eleanor, até que eu conseguisse conter minhas lágrimas novamente. Quando percebeu que eu estava mais calma, ela segurou meu rosto para que eu prestasse atenção no que diria.
– Nós vamos cuidar de você... E encontrar esse monstro e fazê-lo pagar por isso. Eu juro.
Assenti, desejando mais do que tudo que suas palavras magicamente se tornassem realidade.
– Nós vamos descobrir o que aconteceu... Está bem? – Eleanor adicionou, massageando meu ombro – Vamos denunciá-lo. Se... Se algo aconteceu, um exame de corpo de delito é suficiente para que ele nunca mais possa tocar em você.
Engoli em seco, insatisfeita com aquela solução.
– Não tenho tanta certeza disso – falei, por mais que quisesse apenas acreditar que tudo realmente daria certo como ela disse – Pessoas me viram deixar a festa com ele... Voluntariamente. A não ser que o que ele usou para me dopar ainda esteja em meu sistema, ele pode alegar que eu saí de lá com ele por livre espontânea vontade.
– Vai dar certo, filha – minha mãe interveio, assentindo com convicção – Nós vamos provar tudo o que ele fez e colocá-lo na cadeia.
– Ele não tocou em você.
A voz de Niall, tão grave e cheia de seriedade depois de tanto silêncio da parte dele, fez com que nós nos assustássemos. Ele ainda encarava a parede oposta, e seus ombros tremiam – de ódio, certamente.
– Como assim? – Eleanor perguntou pelas três.
Niall manteve seu tom contido, como se temesse perder o controle caso se exaltasse minimamente.
– Ele sabe de tudo isso... Sabe que existiriam provas que poderiam condená-lo. Tendo sido capaz de arquitetar todo esse plano, ele não seria burro a ponto de cometer um deslize desses.
Lentamente, ele se virou em minha direção, e com os olhos cheios de determinação, completou sua resposta.
– Além do mais, ele sabe que se tivesse encostado um dedo em você, eu seria capaz de matá-lo.
Um arrepio percorreu minha espinha ao ouvi-lo dizer tamanho absurdo com tamanha sinceridade; me levantei na mesma hora, e fui até ele, com lágrimas nos olhos.
– Nunca mais diga isso – implorei, erguendo minhas mãos até seu rosto – Por favor... Nunca mais.
Niall travou o maxilar, devolvendo meu olhar apavorado com um rígido, ameaçador. Percebendo que ele se mantinha inflexível, longe demais, perdido em seu ódio, fiz a única coisa que estava ao meu alcance para trazê-lo de volta, mesmo que ainda me sentisse suja para sequer tocá-lo.
Meus lábios, úmidos com minhas lágrimas, encontraram os dele, e permaneceram ali até que ele soltasse parte do ar que prendia em seus pulmões, anunciando que a raiva que o cegava havia se dissipado. Niall me abraçou pela cintura, mais apertado do que nunca, e enterrou o rosto em meu pescoço, como se buscasse se fundir a mim e absorver a minha dor para que eu não tivesse que senti-la sozinha. As lágrimas mais dolorosas caíram de meus olhos enquanto estava em seus braços.
Ouvi minha mãe e Eleanor deixarem o quarto, percebendo que precisávamos de um momento a sós, e assim que a porta se fechou atrás delas, Niall se desenroscou de mim e examinou meu rosto, acariciando cada traço com seus polegares, buscando por qualquer detalhe que fosse incompatível com sua lembrança dele. Seus olhos estavam avermelhados, e lágrimas ameaçavam cair a qualquer momento; ele me beijou mais uma vez antes que isso acontecesse.
– Eu sinto muito... – murmurei contra seus lábios – Eu não queria...
– Eu sinto muito... – ele interrompeu, incapaz de me libertar do aperto de seus braços – Eu sinto muito que ele tenha estragado a sua noite. Você estava tão feliz quando se despediu de mim... E eu nem pude fazer nada... Me desculpe...
– Não, não peça desculpas, Niall – respondi prontamente, enxugando uma lágrima que rolava por seu rosto – Não foi culpa sua... Ninguém poderia prever que ele estaria lá.
– Como você está se sentindo? Está com alguma dor? – ele disparou, acariciando toda a extensão de meus braços.
Neguei com a cabeça sem nem pensar se algo realmente doía. A sensação de tê-lo perto de mim, me apoiando apesar de tudo, me fazia um bem maior do que eu podia mensurar.
– Nós vamos fazê-lo pagar... Caro. Está bem? Eu prometo.
– Eu sei que vamos – assenti, olhando-o com uma súbita determinação que não me pertencia – Vai dar tudo certo.
– Vai dar tudo certo – ele repetiu, com toda a convicção do mundo – Vamos, eu te levo até a delegacia. Nós vamos provar que esse cara não tem condições de permanecer em liberdade.
Me arrumei em alguns minutos, com certa ajuda de Niall, e encontramos minha mãe e Eleanor na sala. Fomos até o distrito policial mais próximo e prestamos queixa. Fiz todos os exames necessários, e por mais que me doesse ter que sair de lá sem os resultados, que levariam alguns dias para ficarem prontos, não tive outra opção. Aqueles seriam os dias mais longos de minha vida, sem dúvida.
Na volta para casa, passamos num restaurante e almoçamos (ou jantamos?) os maiores hambúrgueres de minha vida. Apesar de tudo, consegui relaxar um pouco. Estava rodeada das pessoas que mais amava, e que me amavam e me apoiavam incondicionalmente. Se eu teria que aguardar pelos resultados, era melhor tentar não pensar no pior, e todos à minha volta pareciam dispostos a me distrair a qualquer custo.
Niall e Eleanor passaram o resto do dia em casa. Ewan apareceu assim que chegamos, e já sabendo de tudo por meio de Eleanor, apenas me deu um longo e apertado abraço, dizendo o quanto sentia muito por tudo e como eu podia contar com ele para qualquer coisa. Passamos o resto do dia vendo TV e buscando compensar o dia horripilante com uma noite tranquila.
Posso dizer que funcionou. Em alguns momentos, Harry me vinha à mente, porém logo alguém me trazia de volta ao momento, e eu me forçava a abandonar os pensamentos negativos. Tudo daria certo, ou pelo menos era isso o que eu via nos olhos de cada um dos presentes.
Eleanor e Ewan foram embora pouco depois da meia-noite, com muitos beijos e abraços. Levá-los até a porta foi a única coisa que fiz sem a companhia de Niall desde que chegamos em casa; ele se recusava a me deixar, sempre com um braço ao redor de meus ombros, ou uma mão firmemente unida à minha.
Minha mãe nem titubeou, e o convidou para passar a noite. Ele já havia dito que o faria, quer ela permitisse, quer não, e eu também já havia concordado com seu plano. Eu precisava dele; a mera ideia de termos que nos despedir fazia meu coração doer, e eu ainda me sentia fraca demais para aguentar mais tristeza.
Nos despedimos de minha mãe, que parecia absolutamente exausta ao seguir para seu quarto, e fomos para o meu. Niall me abraçou pela cintura assim que fechei a porta, e novamente seu rosto encontrou a curva de meu pescoço. Depois de uma eternidade apenas abraçados, em silêncio, encaramos um ao outro por um longo tempo, tendo nossas preocupações amenizadas por estarmos juntos. Naquele instante, protegida por seus braços, por todo o amor que ele demonstrava sem sequer dizer uma palavra, eu tive a certeza de que Harry jamais conseguiria nos separar, por mais que tentasse.
E enquanto eu tivesse Niall ao meu lado, eu era mais forte do que nunca. Eu era invencível.
– Feche os olhos – ele murmurou em meu ouvido, beijando meu maxilar rapidamente em seguida. Obedeci sem pestanejar, apesar da curiosidade. Niall se afastou brevemente, e ao se reaproximar, passou o que parecia uma corrente de um colar por minha cabeça. Franzi a testa de leve, até que ele voltasse a falar.
– Pode abrir.
Ergui minhas pálpebras, e automaticamente olhei para baixo, encontrando o pingente de tartaruga que eu o havia dado de presente pender de meu próprio pescoço. Fitei o pequeno objeto por um momento antes de voltar a encará-lo, tentando entender o que ele pretendia.
– Niall... O que é isso? – perguntei, enfim, diante de seu silêncio satisfeito. Ele pegou o pingente e o fitou vagamente enquanto respondia.
– Isso... Isso é o colar que você me deu de aniversário. Você me deu esse colar, e no dia seguinte, você me deixou. Lembra?
Confirmei com a cabeça, engolindo em seco ao recordar aqueles momentos.
– Durante aqueles três meses de distância, a única lembrança que eu tinha de você, o único objeto que eu podia tocar que me fazia acreditar, ainda que por um instante, que eu te veria de novo... Era esse colar.
Niall levou seus lábios até a tartaruga prateada, e a beijou antes de prosseguir, sem tirar os olhos dos meus.
– Quando eu segurava esse pingente, eu pensava em você... Em como você me faz uma pessoa melhor. E isso me motivava a querer ser alguém melhor... Para que eu pudesse voltar para você. E aqui estou eu.
Eu mal era capaz de piscar, completamente hipnotizada pela atmosfera que ele havia criado com suas palavras, sua voz, seu olhar, seu toque... Meu coração batia acelerado, feliz, radiante... As feridas profundas que Harry havia aberto, Niall estava, lentamente, cuidadosamente, carinhosamente, fechando. Levaria algum tempo, mas ele estava fazendo um ótimo trabalho apenas por estar ali comigo.
– Esse colar... É meu talismã. E eu quero que você fique com ele, pelo menos por um tempo, para que ele te dê a força de que eu precisei, e de que você precisa para encarar isso agora.
Respirei fundo, sentindo lágrimas tímidas se acumularem em meus olhos.
– E caso você se esqueça do quanto eu te amo e eu não esteja por perto para refrescar a sua memória... Lembre-se de segurar esse pingente.
Ele levou uma de minhas mãos até o colar, e fechou meus dedos ao redor da pequena tartaruga.
– E eu estarei pensando em você.
Sua mão cobriu a minha, e ele apenas olhou em meus olhos, deixando que eu assimilasse sua declaração. Quando enfim fui capaz de reagir, um sorriso apaixonado surgiu em meu rosto, o qual ele reproduziu com perfeição.
– Eu não fazia ideia de que meu presente significava tanto... – suspirei, lançando um rápido olhar para o pingente em minha mão e voltando a encará-lo – Obrigada.
– Como poderia não significar, se você significa tudo pra mim? – Niall perguntou, verdadeiramente confuso com minha surpresa. Meu sorriso fraquejou diante do arrebatamento que suas palavras causaram; tudo que fui capaz de fazer foi observá-lo, absolutamente perplexa, e tentar entender o que eu havia feito para merecê-lo em minha vida. Nenhuma resposta parecia satisfatória.
Mas, pensando bem, não era sempre assim entre nós dois? Não precisávamos entender... Apenas sentíamos.
Voltei a sorrir, com total serenidade, e envolvi seu pescoço com meus braços.
– Um dia... Um dia eu vou me casar com você – sussurrei ao pé de seu ouvido, e embora meu tom fosse sério, minha voz soava romântica, sonhadora – E nós teremos filhos. E vamos criá-los com todo o amor e carinho... E passaremos o resto da vida juntos, até eu ficar rabugenta demais e você ficar surdo de propósito. Ou nós podemos viajar pelo mundo, morar numa cidade diferente a cada mês, sem nunca nos apegarmos a lugar algum ou pessoa alguma a não ser um ao outro... E mesmo assim, mesmo quando essa vida acabar, seja ela como for, eu vou amar você.
Beijei seu maxilar, da mesma forma que ele havia feito comigo, e examinei sua reação, bem de perto. Niall fechou os olhos, sorrindo da mesma forma que eu havia feito, como se nada nunca mais pudesse tirar aquela alegria de seu peito, e uniu sua testa à minha antes de falar, cheio de admiração.
– Para uma pirralha, até que você sabe exatamente o que dizer.
Rimos baixo de sua resposta, e iniciamos o primeiro beijo dos incontáveis que se seguiriam, em qualquer que fosse o destino que escolhêssemos a partir dali.
De alguma forma eu soube que, independentemente do que estivesse por vir, tudo daria certo.


CONTINUA...