quinta-feira, 27 de março de 2014

Imagine Hot - Liam Payne





Hoje meu namorado Liam vai me levar para jantar em um restaurante pois hoje completamos 1 ano de namoro. Depois de 1 hora me arrumando finalmente estava pronta. 




(...)
 Depois do jantar fomos até a praia que estava quase vazia, tirei meu sapato (se não provavelmente meu salto afundaria naquela areia) e vi Liam tirar a camisa dele, ele a largou no chão e foi em direção ao mar.

L: vem dar um mergulho cmg! 
Eu: hoje não amor, eu não quero me molhar! 
L: deixa de ser fresca (seu nome) 
Eu: e vc deixa de ser chato eu não vou entrar no mar! 
L: não vai?
Eu: não! - Liam veio em minha direção e me pegou no colo -  LIAM JAMES PAYNE ME BOTA NO CHÃO AGORA!!!
L: tá mais foi vc que pediu - ele me soltou e cai dentro d'água, estava mt gelada, eu mato o Liam!!!!!!! 
Eu: Liam amor eu acho melhor vc começar a correr pq quando eu te pegar vc ta morto!! - ele saiu correndo e eu fui atrás dele a água estava pesando nossas pernas e logo eu peguei Liam.

Eu: agora vc vai morrer seu filho da mãe! - dei uns tapas nele de deixar a marca dos meus 5 dedos. 
L: ai ta doendo
Eu: é pra doer - depois de bater nele me arrependi tadinho eu deixei o menino todo vermelho cheio de marcas de meus dedos.
L: aii ta doendo mt, que mãozinha boa a sua. 
Eu: ainn desculpa Liam é que a água tava mt fria e ai.... - ele me interrompeu 
L: xiiii deixa isso pra lá vamos aproveitar. - ele colou nossos corpos e me beijou, um beijo calmo e molhado mais conforme o tempo foi ficando mais quente eu não sentia mais o frio da água na verdade parecia que eu estava pegando fogo, as mãos de Liam que estavam em minha cintura deslisaram e foram parar em minha bunda apertando-a, entrelacei minhas pernas envolta de sua cintura e ele foi me levando pra areia, ele me deitou na mesma e continuou me beijando, ele direcionou suas mãos ao fecho de minha calça e eu o ajudei a abrir quando ele tirar minha calça lembrei que estávamos em um lugar público.

Eu: Liam...
L: oq?
Eu: estamos na praia não podemos fazer isso aki!
L: podemos sim!
Eu: isso é um lugar público Liam qualquer um pode nos ver aki!
L: odeio quando vc tem razão! - ele se levantou e me ajudou a levantar, chegando no carro Liam do nada me prensou contra o mesmo e começou a me beijar.

L: dentro do carro? - ele sussurrou 
Eu: Liam James Payne vc está mt perigoso hoje! - ele abriu a porta traseira do carro e me jogou no banco logo subindo por cima de mim e me beijando, ele fechou a porta ainda me beijando e começou a puxar minha blusa para cima na tentativa de tira-la, com sucesso logo minha blusa estava no chão do carro. Liam desceu seus beijos para meu colo e a abriu o zíper de minha calça embrenhando sua mão dentro da mesma, ele começou a massagear minha "amiguinha" ainda por cima do pano fino de minha calcinha, o beijei desesperadamente parecia que ele tinha botado fogo dentro de mim literalmente. Arranquei sua camisa a jogando em algum canto do carro e voltei a beija-lo ele começou a procurar o fecho de meu sutiã e depois de um tempo ele o abriu. Ele retirou sua mão de dentro da minha calça e retirou a mesma, o virei ficando por cima e comecei a rebolar em cima de sua ereção ainda coberta pela calça, retirei sua calça e logo em seguida sua boxer azul marinho deixando a mostra sua enorme extensão, o abocanhei sem demora escutando Liam dar um gemido alto de mais. Comecei a fazer movimentos de vai e  vem lentos e dei uma mordidinha em sua cabecinha, comecei a fazer movimentos rápidos e no carro só se ouvia os gemidos de Liam, continuei os movimentos até que Liam gozou em minha boca e como uma boa menina faz engoli tudinho. Beijei Liam e rocei minha intimidade molhada em sua ereção e ele gemeu entre o beijo assim como eu, retirei minha calcinha e sentei em seu peito e ele literalmente caiu de boca em mim, ele passava a língua pra trás e pra frente em meu clítoris me deixando louca eu agarrava o banco com uma mão e com a outra seus cabelos, ele parou seus movimentos e me chegou um pouco pra trás me enfiando um dedo, ele fazia movimentos rápidos e eu apenas gemia sentindo uma das melhores sensações do mundo, Liam me enfiou outro dedo sem aviso e eu gemi alto ele continuou seus movimentos rápidos e eu gozei em seus dedos.

L: vc coloca pra mim? - disse ele retirando do bolço uma camisinha e me entregando.
Eu: com prazer! - rasguei a embalagem com os dentes e coloquei a camisinha em seu membro, fui sentando
bem de vagar em seu membro quando já estava todo dentro de mim comecei a subir e descer, conforme o tempo o ritmo foi aumentando e nós íamos em sincronia cada vez mais rápido. Senti meus músculos amolecerem e minha respiração ficar totalmente descompassada eu tinha atingido meu clímax vendo que Liam ainda não tinha atingido o seu continuei subindo e descendo em seu membro, e ele logo chegou. Cai por cima  de seu peito e me desencaixei dele, ele me envolveu com seus braços e me deu um beijo na testa.

L: eu te amo!
Eu: tbm te amo Liam! - ele me deu um selinho.


Fim...    

domingo, 23 de março de 2014

FanFic - Alteza Real ~ Capítulo 2 ~





(Seu nome) POV

Bom até que a festa do casamento estava boa ri bastante com algumas bobagens que meu pai dizia já que ele estava um pouco grogue por causa do excesso de álcool em suas veias, conheci a princesa Eleanor que é namorada de um dos amigos de Harry e ela é mt fofa, e tbm conheci a Danielle que tbm é namorada de um dos amigos do Harry.

E: não sei como vc casou com o Harry,  ele é tão idiota.
Eu: concordo com vc, mais meus pais me obrigaram a fazer isso!
D: que injustiça
Eu: eu sei, mais por favor não contem isso pra ninguém.
E: pode deixar a gente não conta!
Eu: então tá vou confiar em vcs! - sorri.
Xxx: Els vem aki! - disse alguém gritando
E: já vou Louis!, meninas eu tenho que ir!
Eu: okk
D: xauu Els - Eleanor se foi e ficou apenas eu e a Dany, fomos andando e conversando até que chegamos em um lugar mais distante e escutamos uns barulhos vindos de lá, quando vi Harry estava se agarrando com a Laísa, ele estava sem camisa e o vestido dela estava aberto, fiquei totalmente sem chão não sei pq mais fiquei, meus olhos se encheram de lágrimas e antes que eles nos vissem sai correndo sem rumo, me senti completamente traída ( pq vc foi traída né querida o Harry te botou um maior galhão, mais o Harry tbm é um maior FDP, desculpa tia Anne ), fui pra um lugar onde não tinha ninguém, me sentei no chão e comecei a chorar.




Danielle POV   
                        
Não aguentei ver a (seu nome) daquele jeito e logo fui dar um bronca no Harry e naquela vagabunda da Laísa.
Eu: HARRY EDWARD STYLES OQ VC PENSA QUE ESTÁ FAZENDO SEU VIADO!!!
H: sai daqui Danielle! Isso não tem nada a ver com vc!
Eu: TEM SIM! AGORA A (SEU NOME) É MINHA AMIGA E NÃO QUERO A VER MAGOADA POR SUA CAUSA!
H: ELA NÃO GOSTA DE MIM E MT MENOS EU DELA, PQ ELA FICARIA MAGOADA?   
Eu: EU NÃO SEI! PQ VC NÃO PERGUNTA PRA ELA QUE ESTÁ ALI CHORANDO - disse apontando pra onde ela estava. Harry me olhou incrédulo e engoliu em seco tentando achar as palavras certas pra me rebater. 

H: não estou nem ai pra ela!
Eu: vc é um merda mesmo! - dei as costas pra ele e fui até (seu nome).
Eu: heyy tudo bem? - disse sentando ao seu lado.
Ela: n...não  - disse entre soluços
Eu: pq está chorando?
Ela: eu não sei, eu não deveria estar chorando por ele, mais me deu um enorme aperto no coração quando vi aquela cena.
Eu: não fique assim, ele é um idiota!
Ela: na verdade acho que nem estou chorando por ele, estou chorando por tudo que está acontecendo na minha vida!
Eu: vem cmg e enchugue essas lágrimas, eu vou te ajudar com sua vida nova, vamos ser irmãs de outros pais. - disse me levantando e a ajudando a levantar.
Ela: obg Dany - ela me abraçou
Eu: de nada querida - nos separamos

(...)
                  
(Seu nome) POV

Bom depois da festa tomei um banho e comecei a me arrumar para infelizmente ir para minha "Lua de Mel".
Me vesti assim:



Desci e comecei a me despedir.

A: adeus pra vcs e boa viagem! 
Eu: adeus rainha Anne - a abracei - xau mamãe - disse me separando de Anne e abraçando minha mãe.
M: xau filha, juízo na Lua de Mel em.
Eu: acredite mãe, entre mim e ele não vai aver nada!
M: mesmo assim juízo!
Eu: ta bem. Xau papai - o abracei
P: xau querida cuide-se.
Eu: pode deixar - me separei dele. Harry apareceu e começou a se despedir, entrei  no táxi e fiquei esperando o charlatão,  Harry entrou no carro e o motorista dirigiu até o aeroporto.

Harry POV

Chegamos no aeroporto e logo embarcamos, algumas pessoas nos pararam e pediram para tirarmos fotos com elas e tbm tinham vários paparazzis por lá.  Nós vamos para Paris típico de Lua de Mel.
Entramos no avião e ela se sentou do lado de um cara e eu sentei na outra fileira, voamos algumas horas e logo chegamos em Paris,  ela estava dormindo, ou seja, vou ter que acorda-la.

Eu: heyy acorda! - disse a balançando - (seu nome) acorda, o avião já aterrissou! - a balancei de novo.
Ela: já vou!
Eu: anda logo! - saímos do avião e lá estava cheio de paparazzis e tinham alguns seguranças tbm, pegamos nossas malas e partimos pro hotel que ficaríamos. Chegando lá  tbm estava cheio de paparazzis e tinha muitas pessoas ali nos esperando, falamos com algumas delas e tiramos algumas fotos sempre perto um do outro pra não desconfiarem de nada. Pegamos a chave do quarto na recepção e fomos para ele, vamos ficar na cobertura, adoro coberturas.

(Seu nome) POV

Chegamos no quarto e era extremamente lindo e tinha uma linda visão da Torre Eiffel. 




Eu só pensava em tomar um banho e dormir naquela enorme cama só que.... espera... só tem uma cama nessa cobertura? Eu é que não vou dividir a cama com aquele imbecil do Harry!

Eu: Harry temos um problema!
H: não estou nem ai pros seus problemas!
Eu: então vc dorme no sofá!
H: oq?
Eu: só temos uma cama querido.
H: então é vc que vai dormir no sofá!
Eu: nem pensar! 
H: vc vai sim! Eu sou um príncipe de alto patamar não durmo em sofás!
Eu: vai se catar! - peguei uma roupa e entrei no banho.

Roupa:





 Quando sai Harry estava vendo tv, não tem nada pra fazer então acho que vou a biblioteca ver se consigo achar o livro que o Harry estragou.

H: aonde vai?
Eu: não te interessa! - sai e fui procurar a biblioteca a pé mesmo pq eu queria conhecer as ruas de Paris Rodei metade de Paris (~le se~ exagero) e ainda não tinha achado nenhuma biblioteca então resolvi ir pedir ajuda pra alguém. 

Eu: com licença - disse ao homem moreno que olhava uma vitrine.
Xxx: Olá, posso ajuda-la - ele disse se virando pra mim e eu acho que já vi ele antes.
Eu:  será que poderia me dizer onde posso achar uma biblioteca? 
Xxx: a mais perto é umas 4 quadras daqui.
Eu: sério? 
Xxx: sim
Eu: aff fica mt longe, bom obrigada mesmo assim - dei um sorriso sem mostrar os dentes.
Xxx: vc é a princesa (seu nome) não é?  
Eu: sou               
Xxx: eu sou Zayn amigo do Harry.
Eu: ahh eu ti vi no meu noivado.
Z: desculpe não ter ido no casamento eu tive que vir pra cá ver um parente meu que está doente.
Eu: não tem problema, família em primeiro lugar.
Z: Ééér... Então oq faz aki em Paris?
Eu: estou na minha "Lua de Mel" - fiz aspas com os dedos.
Z: pq as aspas?
Eu: é que... vc não vai entender
Z: já que vc não quer falar... 
Eu: bom, acho que já vou indo, vou ver se consigo achar essa biblioteca,  afinal eu tenho todo tempo do mundo.
Z: quer que eu vá com vc?
Eu: não precisa
Z: eu insisto
Eu: então tá, se não for incomodar
Z: claro que não incomoda.  - fomos andando e conversando, o Zayn é bem legal e fofo totalmente diferente do Harry.

Z: chegamos!
Eu: até que enfim,  meus pés já estão doendo.- ele riu e que sorriso lindo.




Entramos na biblioteca e eu sai pegando vários livros e falava em todos os livros que eu já li e todos que eu queria ler, Zayn apenas me encarava, comecei a encara-lo tbm e ele deu um leve sorriso sem mostrar os dentes.



Eu: oq foi?
Z: eu acho bonito o jeito como vc fala dos livros, vc se entrega a cada palavra que diz, vc faz eu me sentir bem, essa sua alegria me contagia.
Eu: deixe de ser bobo, isso não é nada de mais.
Z: pra mim é,  eu só te conheço a alguns minutos e já sinto um enorme carinho por vc! - ele disse me encarando sério e foi chegando mais perto de mim, ele botou uma mexa do meu cabelo pra atrás da minha orelha e de lá sua mão desceu pra minha nuca e foi chegando mais perto e mais perto, nossas respirações se misturaram e quando eu vi oq estava prestes a fazer recuei.
        
Eu: ahh.. ah eu acho melhor eu ir lá pagar os livros - disse me afastando dele.
Z: me desculpe, eu não...
Eu: tudo bem... - dei um sorriso sem mostrar os dentes e fui pagar os livros. 
Eu: bom acho que já vou indo... foi um prazer te conhecer formalmente.
Z: o prazer foi todo meu... Então  adeus - ele disse me dando um abraço apertado como se nunca mais fosse me soltar.
Eu: adeus... - tomei a direção contrária que ele seguia e voltei ao hotel. 

No final das contas eu não achei o livro que eu tanto queria mais achei alguém que fez meu coração bater mais forte.

CONTINUA...

domingo, 9 de março de 2014

Aviso Rápido!!!

Heyyy my potatos, já conheceram minha BFF a nova administradora do blog? Ela é D+ né? Eu sei disso mais do que ninguém, aguento aquela chata quase todo dia. Mais enfim eu não vim aki falar disso.
Bom, por meio da enquete eu vou continuar escrevendo Who is my true love?.
Só passei pra falar isso. Para as ansiosas para o próximo capítulo de Alteza Real  eu já estou quase terminando de escrever.    

Bjsss até a próxima postagem.


       

Nova Administradora!!!!

Oiiiiiii ,meu nome e Jéssica tenho 13 anos e sou directioner a 1 ano e 6 meses mais curto a banda a 2 anos.
Eu também curto o cantor Conor Maynard sou apaixonada por ele.
Meu mino preferido da 1D é o Harry, mais amo todos, adoro o jeito deles: tipo brincalhões demaissssssssssssss.
Eu também  curto  HIP HOP  e HAP, tipo  jay-z , drake , eminem ,mavado, future entre outros .
Sou do tipo muito medrosa ,tenho medo de quase tudo ,brincadeira só de filme de terro.
Sou do tipo que odeio os pais que proíbem  tudo ,cara acho isso uma palhaçada.
Eu tenho uma BFF que se chamar Júlia , a dona do blog , que quase me matou para virar administradora, pq eu adoro escrever  imagines no celular (notas,adoro escrever lá) .
Voltando ao assunto directioner eu super apoio elounor , mais não curto muito zerrie mais fazer o que se o zayn ta  feliz com ela , eu tenho que ta feliz por ele , mais não apoio.
Não apoio de jeito nenhum sophiam , cara ele não percebe que ela e ridícula eu prefiro a dani ,muito melhor, vou te que aguentar ver o liam com  sophia ate ele sara da cegueira e burrice ,que e uma fase que todo "adolescente"  passa (kkkkkk um adolescente com quase 21 anos).
Liam vamos torce para essa sua faze passar logo (como se o liam tivesse lendo isso).
Mais vcs directioners  ,vão conhecer um pouco da minha mente criativa e eu espero que gostem dos meus imagines  e espero que gostem de  mim também.
Visitem e  voltem sempre, pois sempre tem uma coisa nova para se ler  .
Um beijo para todas(os) as(os) directioners (boys)  que visitam o blog.

sexta-feira, 7 de março de 2014

FanFic - Biology 2 Capítulo 18





As horas passaram relativamente depressa. Estávamos nos divertindo, dançando vez ou outra, quando alguma música imperdível começava a tocar, e rindo bastante com alguns dos amigos de Dianna. Tínhamos acabado de voltar da pista de dança quando o celular de Eleanor tocou, e sua expressão descontraída deu lugar a uma tensa assim que leu o nome no visor.
– É ele? – perguntei, já sabendo a resposta. Ela assentiu, e eu a imitei, em forma de apoio, para então observá-la se dirigir ao banheiro. Meus olhos continuaram perdidos na direção que ela seguiu por mais algum tempo, até que outra pessoa atraiu minha atenção ao se aproximar discretamente.
– Com licença – um homem desconhecido, usando roupas pretas e um avental da mesma cor, o que imediatamente me ajudou a identificá-lo como um barman, disse, com cuidado para não me assustar – Tenho um presente para a senhorita.
– Um presente? – gaguejei, após o choque inicial, e na mesma hora, fitei o pequeno copo preenchido por uma bebida transparente, acompanhado por um recipiente igualmente pequeno com um gomo de limão e um sachê de sal, sobre a bandeja que o homem trazia consigo.
– Sim. Esta bebida foi oferecida por um senhor que me pediu para entregá-la à senhorita.
Meu coração acelerou instantaneamente, bombeando desconfiança para cada centímetro de meu corpo. Externei minhas dúvidas sem pestanejar.
– Que senhor?
A resposta do barman quase teria me feito cair, se eu já não estivesse sentada.
– Niall Horan.
Mantive meus olhos no homem, que esperava uma reação decente, porém não pude esboçar uma. Niall estava aqui? Como? Impossível! Ele estava na tela de meu computador minutos antes de sair de casa... Subitamente, a sensação de estar sendo observada me dominou. Senti meu corpo inteiro esquentar, especificamente meu rosto.
Olhar ao redor foi inevitável. Não encontrei quem eu procurava, o que meu cérebro julgou ser o esperado. A viagem que Niall teria que fazer para estar ali era de mais ou menos uma hora e meia, e que, devido ao horário e à velocidade que seu carro era capaz de atingir, poderia facilmente ser reduzida. Era perfeitamente plausível que ele tivesse saído de casa assim que me despedi dele, e que tivesse chegado agora para me surpreender. A cada segundo, eu me convencia mais e mais de que aquilo era possível, de que ele realmente estava no meio de todas aquelas pessoas, esperando que eu o encontrasse e coroasse nosso reencontro com minha expressão de absoluta euforia.
– E então? – o barman questionou, ao perceber que estava distraída, e eu voltei a fitá-lo – A senhorita aceita o presente?
Meus olhos pousaram no shot de tequila esperando sobre a bandeja de prata enquanto eu tirava minhas últimas conclusões. Se o próprio barman estava me entregando a bebida, não havia motivo para desconfiar da procedência dela... Não era como se ele fosse concordar em servir algo possivelmente alterado a algum cliente, certo? Se fosse o caso, a vida noturna do mundo inteiro estaria em grande risco.
Lancei um rápido olhar na direção do banheiro, sem detectar qualquer sinal de Eleanor, e ao perceber que o homem começava a ficar confuso diante de minha reticência, voltei a encará-lo e sorri.
– Sim... Claro que sim.
O barman retribuiu meu sorriso e transferiu os objetos da bandeja para a mesa em que eu estava sentada; depois, agradeceu com um aceno de cabeça.
– Tenha uma boa noite, senhorita – ele disse gentilmente, antes de se afastar e retornar ao seu posto.
– Obrigada – suspirei, examinando a bebida diante de mim com pensamentos conflitantes. Ao mesmo tempo em que eu queria apenas virar aquela dose e sair à procura de Niall, flashbacks da festa na casa de Kelly Smithers me vinham à mente, dizendo que eu não deveria ingerir tal veneno. Enfim, cheguei a uma decisão razoável: aquela noite e a festa de Kelly não tinham qualquer relação entre si. Antes, eu estava sozinha; hoje, eu estava acompanhada não só de Eleanor, mas também, muito possivelmente, de Niall. Antes, eu havia tomado vários shots; hoje, seria apenas um.
Agindo por impulso, antes que meus temores infundados me impedissem mais uma vez, e mantendo as palavras de Eleanor em mente, realizei o breve ritual da tequila, me utilizando dos três componentes servidos pelo barman.
Resisti à vontade de me levantar e procurar Niall por alguns minutos, na esperança de que Eleanor voltaria e me ajudaria em minha empreitada. Diante de sua ausência, no entanto, decidi que a encontraria depois, quando ela enfim retornasse para a mesa onde os amigos de Dianna pareciam ter estabelecido seu território. Pedi para que alguns deles – os mais sóbrios – a alertassem para me telefonar quando voltasse, e iniciei minha busca pelo espaço escuro, lotado e abafado da casa noturna, ainda sentindo o álcool queimar em minha garganta. Senti minhas pálpebras cada vez mais pesadas, e amaldiçoei a pequena, porém poderosa dose que havia ingerido. Será que ele riria de mim quando me visse naquele estado, zonza após uma cerveja e um shot de tequila? Do jeito que era ridículo, tiraria sarro de mim por dias.
Me apoiei numa parede para respirar fundo e tentar afastar a sonolência que se apoderava de mim numa velocidade absurda – eu realmente devia ficar longe dessa merda de bebida – quando enfim avistei uma silhueta familiar, com os cotovelos apoiados no bar atrás de si, me encarando com um sorrisinho de canto. Tive que reabastecer meus pulmões novamente, pois todo o ar que havia acabado de inalar desapareceu assim que nossos olhos se encontraram. Tentei ao máximo não parecer uma idiota ao sorrir de orelha a orelha e me aproximar, mas falhei por completo.
Assim que seu corpo estava ao alcance do meu, abracei-o com força, afundando meu rosto em seu pescoço, e ele soltou um risinho surpreso.
– Sentiu minha falta? – ele murmurou, e apesar de sua boca estar próxima de meu ouvido, o barulho ao nosso redor era tão alto que fazia sua voz soar diferente.
– Muita! – exclamei, apertando-o ainda mais em meus braços – Não acredito que você está aqui!
– Pois é... – Niall assentiu, logo depois que o soltei para poder examinar seu rosto, um tanto embaçado pela combinação do escuro e das luzes frenéticas e pelo efeito irritantemente potente da bebida – Fico feliz que tenha gostado da surpresa.
– Ah, sim, eu adorei – respondi, acariciando seus ombros, e ao senti-lo fazer o mesmo em minha cintura, não pude conter minha sugestão indecorosa, levando minha boca até seu ouvido para murmurá-la – Mas vou adorar ainda mais quando dermos o fora daqui.
Niall me observou momentaneamente, como que intrigado por minhas palavras, mas logo teve sua expressão contornada pela mesma malícia que eu mostrava no meu.
– Seu desejo é uma ordem – ele concordou, e só o que sei depois disso é que quando deixamos o estabelecimento e entramos em seu carro, a primeira coisa que fiz foi colar meus lábios nos dele.
Porque depois disso, tudo se resume a uma indiscernível escuridão, que durou muito além das horas em que permaneci adormecida.

O quarto estava ligeiramente iluminado quando abri meus olhos, sendo imediatamente atingida por uma sutil, embora bastante incômoda, dor de cabeça. Tudo estava fora de foco, e somente depois de me sentar na cama e piscar várias vezes, reconheci meus arredores.
Ou melhor, não os reconheci.
Minha primeira reação foi franzir a testa, seguida de batimentos cardíacos acelerados. Em segundos, eu estava alerta, inspecionando cada centímetro do ambiente à procura de algum elemento familiar, ao mesmo tempo em que tentava me recordar dos eventos que precederam minha presença naquele local. Nada fazia sentido. Nada.
Até o momento em que um item jogado sobre uma poltrona no canto do quarto fez meu estômago despencar e ameaçar expelir tudo o que eu já tinha ingerido na vida.
Lágrimas arderam em meus olhos, embaçando a imagem do suéter verde musgo atirado sobre a mobília.
Respirar era impossível, por mais que meu corpo tivesse iniciado um processo de hiperventilação. Pânico era pouco para descrever o sentimento que corria em minhas veias a uma velocidade absurda. Da cabeça aos pés, eu tremia, me encolhia, me abraçava, tentava me proteger do que já havia acontecido, ainda que eu não me recordasse de nada que atribuísse sentido àquela realidade.
Estaria eu sonhando? Alucinando? No inferno? Tudo ao mesmo tempo?
Um clique vindo da porta derrubou quatro opções num piscar de olhos. Assim como um animal assustado, ergui meus olhos na direção do som, e me deparei com a prova de que sim, aquilo tudo era 100% real.
– Bom dia, flor do dia!
Se eu já não estivesse tão apavorada, teria gritado a plenos pulmões depois de ouvir as palavras carinhosas e carregadas de falsidade de Harry.
Continuei paralisada, completamente impotente diante de tudo o que se desenrolava diante de meus olhos. Meu cérebro entorpecido ainda tentava juntar os fragmentos inexistentes que certamente explicariam minha atual situação, sem qualquer sucesso. Quando Harry se aproximou da cama, sentando-se na ponta mais próxima aos meus pé, estremeci ainda mais ao vê-lo diminuir a distância entre nós, porém não fui capaz de reagir de forma mais defensiva. Minha total vulnerabilidade fez com que traços de divertimento surgissem em seu rosto, o que só intensificou minha náusea.
– Como foi a sua noite? – ele indagou, num tom de voz supostamente amistoso que combinava com seu olhar irônico – Ah, é verdade. Você provavelmente não se lembra de muita coisa.
Mantive meu olhar apavorado fixo no dele, sem saber mais como me defender. Harry prosseguiu após um breve silêncio, parecendo cada vez mais entretido.
– Sinto muito. Foi um mal necessário.
A naturalidade com a qual ele atropelava minha confusão ajudou a acelerar o rompimento do estado de choque, ainda que minha voz tenha levado alguns segundos para ressurgir.
– O que você fez? – murmurei, com o máximo de raiva que pude exprimir. Ele suspirou profundamente, segurando o riso, e respondeu com toda a displicência do mundo.
– Pra começar, acalme-se, eu mal toquei em você, tanto é que você ainda está completamente vestida. Com isso resolvido, digamos que, inicialmente, você estava numa casa noturna ontem, e eu também. Depois disso, eu, percebendo que seu fiel escudeiro não estava presente, resolvi lhe enviar um pequeno agrado no nome dele, com um ingrediente secreto nele. E finalmente, por mais idiota que esse plano soe, você ainda caiu como um patinho.
Absorvi sua explicação sucinta com dificuldade, ainda atordoada por absolutamente tudo. Algumas peças ainda faltavam, e eu não hesitei em apontar tais lacunas, buscando me manter racional e totalmente alerta diante dele.
– Como você sabia?
– Que você estaria lá? – ele completou, erguendo as sobrancelhas, e antes de responder, não pôde conter um risinho orgulhoso – Oras, sua querida amiga Dianna me convidou! Como eu poderia não aparecer, depois de ela ter demonstrado tanto interesse em mim? Sinceramente, tenho tido tanta sorte ultimamente que até eu me surpreendo.
Fechei os olhos por um instante, a cada descoberta mais aterrorizada. Então ele realmente era o homem misterioso... Meu enjoo se intensificou.
– Foi tudo uma armação, não foi? – perguntei, com a voz ainda rouca pelo desuso, embora já cheia de ódio – Você só se aproximou dela porque nos viu juntas? –  Harry concordou com a cabeça, nem um pouco envergonhado de seu ato vil.
– Vou confessar que não esperava que você aparecesse – ele comentou, sem poder disfarçar a satisfação que extraía daquela conversa – Já estava quase ameaçando desistir quando você chegou, e depois, pouco antes da sua amiga finalmente largar do seu pé e te deixar sozinha, exatamente como eu precisava que você estivesse para executar meu plano.
– Como você adulterou a minha bebida? – disparei, alimentada pela aversão a todo o esquema barato que ele havia arquitetado para me atingir.
– Aquele barman é meu amigo... Bastou caprichar na gorjeta pra que ele me fizesse um pequeno favor – Harry piscou, radiante ao destrinchar sua artimanha – E o nome falso foi espetacular. Estou particularmente boquiaberto com minha genialidade.
Desviei meu olhar para baixo, fitando minhas mãos trêmulas sobre meus joelhos, sem acreditar que tudo aquilo era verdade. Como pude ser tão idiota?
– Então... Niall não estava lá... – sussurrei para mim mesma, e recebi uma curta gargalhada em resposta.
– Claro que não, e devo dizer que essa foi uma das melhores partes. Eu estava cogitando a possibilidade de encontrar certa resistência de sua parte na hora de te trazer pra cá, mas foi exatamente o contrário. Mal conseguia se desgrudar de mim, pensando que eu era o seu querido Horan. Preciso agradecer pela incrível colaboração.
– O que você quer? – falei, incapaz de suportar aquela conversa, mas ainda disposta a arrancar o máximo de informações possível dele – Por que fez tudo isso?
Harry ergueu as sobrancelhas, e a cruel leveza em sua expressão deu lugar a uma seriedade ameaçadora e implacável.
– Tudo isso serviu pra provar que eu estou disposto a fazer o que for preciso para ter o que quero. Inclusive ameaçar as pessoas de quem precisarei para chegar lá.
Sustentei seu olhar determinado, perplexa.
Ben. O que ele queria era Ben.
Meu corpo ainda tremia, meu coração ainda batia freneticamente, o ar ainda me faltava, e lágrimas ocasionalmente ainda rolavam por meu rosto... Eu ainda estava em pânico, e não conseguia enxergar uma solução a não ser ceder. Se ele tinha sido capaz de ir tão longe apenas para me intimidar, o que faria se eu não concordasse em ajudá-lo? Estremeci ainda mais só de imaginar.
Após um suspiro frágil e derrotado, assinei minha própria sentença.
– O que eu preciso fazer?
Um sorriso vitorioso surgiu em seu rosto.
– Conseguir uma amostra de DNA de Ben. E manter segredo sobre nosso acordo com seu príncipe encantado. Não quero que ele se meta no meu caminho, já tenho obstáculos suficientes. Só quero que ele saiba quando tiver a prova em minhas mãos.
– Como vou conseguir uma amostra de DNA? – perguntei, incrédula – Ainda mais sem a ajuda de Niall?
Harry deu de ombros, mantendo o sorriso e adicionando o triplo de desprezo.
– Seja criativa! Você tem uma semana.
Observei-o se levantar, mais do que satisfeito, e caminhar até a porta do quarto. Ao tocar na maçaneta, contudo, ele voltou a falar.
– Ah, a propósito, seu celular tocou a noite inteira. Acho que algumas pessoas devem estar preocupadas com o seu paradeiro... Talvez seja uma boa ideia ir logo para casa. Quem sabe você ainda consiga chegar atrasada para o almoço. Ou cedo para o jantar.
Assim que ele concluiu a frase e saiu do quarto, busquei um relógio instintivamente na mesa de cabeceira, e senti meu rosto empalidecer ao constatar que eram quase duas da tarde. Encarei os números no visor por um tempo que me pareceu infinito, forçando minha mente a funcionar e a processar tudo o que havia sido despejado sobre minha cabeça. Enxuguei meu rosto com as mãos, ainda trêmulas, embora novas lágrimas tenham substituído as antigas em meros segundos, e me obriguei a levantar da cama, notando que ainda usava meus sapatos da noite anterior. Ao encontrar minha bolsa, compartilhando a mesma poltrona do suéter, nem pensei em checar meu celular. Eu não queria ver nem falar com ninguém; eu só queria ir para casa e dormir, para sempre.
Deixei o cômodo e percorri o pequeno corredor até a sala, onde Harry assistia TV do sofá. Não ousei olhá-lo, sabendo que seria impossível conter minha ânsia de vômito se o fizesse, e me dirigi à porta do apartamento. No entanto, quando estava prestes a fechá-la atrás de mim, não pude evitar olhar por sobre meu ombro e fazer uma última pergunta.
– Como posso ter certeza de que você não... Fez nada comigo?
A voz de Harry foi totalmente indiferente ao responder.
– No momento, você não pode. Mas quando eu tiver meu filho, talvez possamos voltar a conversar sobre isso.
Fechei os olhos com força, me sentindo completamente suja, e ciente de que tal situação não mudaria até que ele me provasse que nada tinha acontecido. Sua resposta enigmática não foi suficiente para me tranquilizar, mas eu sabia que nada que eu dissesse me ajudaria a arrancar algo mais concreto dele. Eu me sentia tão cansada, tão podre, tão enganada, que nem sequer tinha forças para bater nele. Tudo o que eu queria era ir embora, pra bem longe, fugir daquela sensação horrível de ter sido usada, menosprezada, diminuída.
E o pior de tudo: eu não tinha uma prova sequer de que havia sido vítima de uma armadilha.
Talvez o pior de tudo tenha sido correr até a armadilha, abraçá-la, e deixar que ela me levasse para sua casa.
Niall jamais me perdoaria. Eu jamais me perdoaria.
Com todos esses pensamentos em primeiro plano, e muitos outros, bati a porta do apartamento e desci as escadas, tentando desesperadamente conter meus soluços, por mais que soubesse que essa seria uma guerra perdida.


CONTINUA...

FanFic - Biology 2 Capítulo 17





– Estarei de volta antes que as marquinhas que deixei sumam por completo.
Subitamente sem fôlego, respirei fundo, apertando o tecido de sua camiseta em minhas mãos. Niall soltou um risinho rouco e mordeu meu lóbulo antes de se afastar, com um olhar sujo que definitivamente ficaria gravado em minha memória até o seu retorno.
– Boa viagem – suspirei, ao retomar parte da consciência – Dirija com cuidado.
– Te ligo quando chegar.
Assenti, abraçando-o pelo pescoço ao nos beijarmos uma última vez, e quando abri a porta para que ele passasse, já estava morrendo de saudade. Ao observá-lo entrar no carro e acelerar, acenando com um sorriso pesaroso, me peguei pensando: se já estava doendo agora, que estávamos bem e ele ficaria longe por apenas alguns dias, como sobrevivi todo aquele tempo sem qualquer certeza de que nos veríamos de novo?
Uma semana se passou, durante a qual nos falávamos a todo momento por telefone ou Skype. Até minha mãe conversou com ele, ao entrar em meu quarto e me pegar tagarelando diante do computador. Pelo visto, ele teria que passar outra semana por lá, já que Ben parecia ter pegado uma forte gripe e precisava de um carinho extra. Ele apareceu numa de nossas conversas virtuais, com o nariz vermelho e as pálpebras pesadas, típicos sintomas do vírus, e me deu um aceno simpático, seguido de um espirro; Niall correu para apanhar a caixa de lenços mais próxima e auxiliar o pequeno.
– Ugh, não aguento mais espirrar – ele balbuciou, um tanto grogue, e não hesitou em se aninhar no colo do pai, cochilando após alguns minutos. Enquanto Niall se ausentou para colocá-lo na cama, eu tratei de espantar a história que Harry me contara de minha mente, temendo deixar algo indesejado transparecer quando ele retornasse.
Por falar em Harry, não recebi mais ligações ou visitas desde que o ignorei no sábado. O que era bom, pois tudo o que eu queria dele era distância, mas ao mesmo tempo, me preocupava. Estaria ele armando alguma coisa? Ou teria apenas desistido? Para quem parecia tão determinado a levar seu plano adiante, aquele sumiço repentino parecia suspeito demais. De qualquer maneira, me encolhi em minha bolha de negação e preferi me iludir com a segunda hipótese, ainda que a primeira ainda me perturbasse quando eu me permitia considerá-la.
Parte de mim queria, precisava descobrir se o que ele havia me dito era mesmo verdade... E eu até já havia pensado em como comprovar sua versão dos fatos. O problema era a outra parte de mim, que temia que tudo desandasse se eu ousasse admitir, ainda que por um segundo, que ele estava sendo sincero, e, portanto, continuava inerte, apenas adiando o momento em que eu teria que tomar uma atitude a respeito daquela bomba-relógio.
Resumindo: foi uma semana quase feliz, a não ser pelos breves momentos de terror que minha própria mente paranoica criava.
Mais uma semana se passou, e enfim Niall retornaria. Contudo, ele apenas estaria de volta no sábado, e eu tinha um aniversário para ir na sexta-feira. Dianna, uma colega de faculdade, havia me convidado para uma pequena comemoração numa casa noturna, e permitiu que eu levasse acompanhantes. Eleanor, que estava um tanto chateada com Ewan desde seu retorno da casa dos pais dele, aceitou na hora, mesmo sem conhecer a aniversariante, alegando que precisava de uma boa desculpa para encher a cara e curtir um pouco a vida. Niall me incentivou a ir, alegando que eu precisava de um escape antes da semana de provas, e me advertiu quanto à parte de encher a cara, com mais veemência do que eu esperaria – e então me lembrei de quando apaguei em seu carro, para só acordar na manhã seguinte, de calcinha e sutiã, em sua casa... De repente, sua preocupação fez bastante sentido. Prometi me comportar, e ele me fez prometer outra vez.
– É sério, eu não vou ficar bêbada! – repeti pela décima segunda vez, rindo ao telefone enquanto me arrumava para a festa na casa de Eleanor.
– Ninguém vai ficar bêbado essa noite, Horan – ela reforçou, com um falso tom de seriedade, e sua risada nem um pouco convencida emanou do alto-falante do celular.
– Pra ser bem sincero, acho que você já está bêbada – ele retrucou, e ambas rimos também.
Se eu soubesse o que estava por vir, teria desistido de sair naquele exato momento e passado o resto da noite em meu quarto, rindo com Niall pelo telefone até o sono chegar e levar consigo tudo o que poderia ter dado errado naquela noite.

– Você veio! Não acredito!
Disfarcei um sorriso envergonhado com um simpático assim que a voz razoavelmente estridente de Dianna atingiu meus tímpanos, e vi Eleanor rir discretamente ao meu lado. Apesar da música alta e do falatório que preenchiam a casa noturna, boa parte do grupo de pessoas que a cercavam tiveram suas atenções roubadas pela exclamação surpresa da aniversariante, e as transferiram para mim, fazendo com que meu rosto corasse o suficiente para que minha vergonha fosse visível até mesmo sob a quase nula iluminação interna.
– Pois é... Eu vim – respondi, quando Dianna se aproximou para receber meu abraço – Parabéns!
– Obrigada! – ela agradeceu, após me soltar, e repetiu o procedimento com Eleanor, ainda que mal a conhecesse, em seguida voltando a se dirigir a mim – E o seu namorado? Aquele deus grego... Não acredito que ele não veio!
Revirei os olhos, mais do que acostumada com o comportamento nem um pouco discreto de Dianna em relação a Niall.
– Ele não pôde vir, mas mandou lembranças.
– Tipo um beijo? Na boca? – ela riu, e bastou um olhar mortífero meu para que ela gargalhasse e desistisse de me irritar – Brincadeirinha! Eu já arranjei meu namorado gato mais velho, não se preocupe.
Ergui as sobrancelhas, lançando um olhar surpreso para Eleanor, que o retribuiu com um idêntico.
– Como assim? – perguntei, verdadeiramente curiosa. Dianna deu de ombros.
– Não é bem um namorado, é mais um rolo... De qualquer forma, nós nos conhecemos há pouco tempo, e ele pode até parecer um tanto desinteressado, mas eu não vou desistir! Talvez ele apareça hoje, então fiquem espertas. Ele é absurdamente gato, sério. Acho que dá até pra competir com o seu precioso... Como é o nome dele mesmo?
Engoli em seco antes de responder, sem poder evitar uma sensação estranha ao ouvir sua explicação.
– Niall.
– Isso, isso – ela assentiu vagamente, antes de me puxar pelo pulso – Enfim, venham! Vou apresentá-las ao resto da turma.
Sem tempo para aprofundar meus pensamentos e certa de que ela já tinha um considerável nível de álcool correndo nas veias, apenas deixei que ela me guiasse, com Eleanor em nosso encalço.
Quando enfim havíamos cumprimentado cada amigo de Dianna e nossa presença foi ofuscada pela chegada de novos conhecidos do grupo, respirei fundo e olhei para Eleanor, que imediatamente notou os vestígios de preocupação em meu rosto. Sem dizer uma palavra, ela me deu as costas e seguiu numa determinada direção, ação que eu obviamente reproduzi, já sabendo nosso destino.
– O que houve? – ela indagou assim que a música alta foi notavelmente abafada pela porta do banheiro feminino.
Respirei fundo antes de falar, sabendo que ela me julgaria loucamente.
– Você não acha que...
– O rolo da sua amiga possa ser o Harry?
Não respondi, apenas desviei meus olhos dos dela, em parte surpresa por sua percepção, e em parte envergonhada por ser tão paranoica.
Eleanor caminhou até o espelho e fitou seu reflexo, pensativa, antes de voltar a falar.
– Não vou negar que a hipótese também tenha me ocorrido.
– Eu sei que existem inúmeros homens mais velhos do que Dianna nessa cidade – falei, incapaz de conter o fluxo de palavras assim que recebi o incentivo dela para liberá-lo – Mas depois de tudo o que ele fez, principalmente nas últimas semanas, é tão estranho me sentir perseguida?
– Não, claro que não – Eleanor suspirou, virando-se para mim de imediato – Estranho seria você não se sentir perseguida. Além de ser uma total burrice, já que Harry claramente ainda não conseguiu o que disse querer.
Mordi o lábio inferior, sem saber como agir. Por mais que eu tentasse descobrir quem era o homem mais velho com quem Dianna estava se relacionando, e ainda que ele fosse mesmo Harry, as chances de convencê-la de que ele provavelmente só estava com ela para me atingir eram quase nulas. Primeiramente, porque ela estava bêbada demais para falar de qualquer assunto com seriedade, e em segundo lugar, porque ela com certeza pensaria que era tudo uma questão de inveja, de orgulho por ela também ter um namorado mais velho. Como se eu desse a mínima para o que o resto das pessoas fazia com suas vidas.
– Não tenho como descobrir se é ele, e mesmo que consiga, não vou conseguir alertá-la – concluí, após uma breve pausa para raciocinar – E agora?
Eleanor hesitou por um momento antes de voltar a se aproximar de mim e colocar as mãos sobre meus ombros.
– E agora nós deixamos isso de lado.
Franzi a testa, pronta para retrucar, mas ela foi mais rápida e me impediu de protestar.
– Ele está claramente tentando te perturbar, e você está claramente caindo na armadilha. Droga, todos nós estamos. Sim, talvez ele seja o cara de quem Dianna falou. E daí? Ele não vai encostar um dedo em você. Eu estou aqui, ele não tem como fazer nada contra nós duas, desde que estejamos juntas. Além do mais, e se não for ele? E se só estivermos sendo paranoicas? Chega! Seja o que for, hoje nós vamos nos divertir. Então trate de tirar isso da sua cabeça, porque essa noite você está de férias da sua vida. Há quanto tempo você não simplesmente relaxa, sem ter que se preocupar com coisas que vão além das típicas preocupações de uma adolescente?
Por mais que uma voz estridente continuasse a me preocupar no fundo de minha mente, era inegável que Eleanor tinha razão. Se eu fosse cuidadosa, ele não teria oportunidades para me atingir. Além do mais, se a todo segundo eu encontrasse razões para me apavorar por causa de sua possível presença, não sairia mais de casa. Eu não tinha medo dele, ou pelo menos era o que ele precisava achar; eu não me intimidaria.
– Você está certa – admiti, enfim, revirando os olhos – Como sou idiota.
– Tudo bem, (S/N), sério – ela rebateu com um sorriso compreensivo – Até eu estou tensa desde que tudo isso começou. Sentir uma certa apreensão é natural, desde que não deixemos que ela nos paralise. Certo?
– Certo – assenti, mil vezes mais leve depois de nossa rápida conversa – Pronta para aproveitar a noite?
– Claro! Quer dizer, só preciso fazer xixi antes!

Voltamos a nos unir ao grupo de amigos de Dianna sem demora, decididas a aproveitarmos ao máximo o que a noite tivesse para oferecer. Colocamos nossas habilidades sociais (que não eram muitas, mas bastante eficazes quando o momento era favorável) em prática, e não demorou muito para que nos sentíssemos confortáveis com o resto da turma. Dianna tinha amigos muito mais legais do que ela – que tal opinião nunca chegasse a seu conhecimento.
– Aquele ali até que é bonitinho – Eleanor sussurrou algum tempo depois, cobrindo a boca com a mão que não estava ocupada segurando uma garrafa de cerveja – E ele tá super olhando pra mim.
– Eleanor! – exclamei, relativamente baixo, mas ainda assim recebendo tapinhas no braço para que me contivesse – E o Ewan? Pensei que vocês só tivessem brigado, não terminado!
– Mas nós não terminamos... E eu só estou comentando, credo.
– Eu sei que você jamais o trairia – retruquei, depois de um gole da única cerveja que eu pretendia tomar naquela noite – Só estou me certificando de que o álcool não te fará esquecer isso.
– Ele foi um idiota comigo, me desculpe se estou tentando puni-lo, mesmo que ele não esteja aqui para se sentir castigado – ela deu de ombros, terminando sua bebida e lançando um rápido olhar para o rapaz que havia elogiado há poucos segundos.
– Fique à vontade... Só não faça nenhuma besteira – suspirei, observando Dianna se sentar no colo do tal amigo e beber de sua garrafa – Vai por mim, eu tenho uma vasta experiência no ramo.
Eleanor bufou ao perceber que a atenção dele estava agora na aniversariante, e me deu uma cotovelada sutil.
– Tsc, não fala assim. Está tudo dando certo na sua vida agora, não seja pessimista.
– Você tem razão – concluí, com um sorriso bobo brotando em meu rosto ao me lembrar de que dali a algumas horas, eu estaria com Niall – Acho que talvez agora as coisas comecem a funcionar pra mim.
Virando o rosto em minha direção, Eleanor retribuiu meu sorriso e atirou seus braços ao redor de meus ombros num abraço rápido, porém sincero.
– Claro que sim. Você vai ver.


CONTINUA...